quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Quando ter um autódromo se torna fonte de renda...

Já falei sobre alguns autódromos particulares daqui do Brasil. Capuava, Fazenda Dimep, Velo-Città e o novo Haras Tuiuti são alguns dos exemplos que alugam pistas para eventos e track days.

Outro exemplo de se gerar renda com um autódromo é o caso de Curvelo, cujo Circuito dos Cristais também comporta um condomínio de alto padrão para os que querem, praticamente, "morar na pista".

Mas e na "pátria de rodas", os EUA, como são os autódromos privados de lá? Bom, como sempre, eu "piratiei" um blog estrangeiro, e trago a informação de que automobilismo de aluguel, por lá, é o ideal para quem não quer encarar provas amadoras como a SCCA ou a inusitada 24 Horas de LeMons, e muito menos as provas semi ou profissionais. Todo autódromo tem seus dias para track day, mas lá há verdadeiros "motorsports clubs", nos quais você pode se associar e tem direito a uma cota de dias por ano para acelerar à vontade, por exemplo, 120 dias por ano. E lá há opção para todos os bolsos.

Vamos começar pelo mais caro dos quatro mencionados na matéria, o Thermals Club, que fica, obviamente, em Palm Springs, região rica de Los Angeles, na Califórnia. Lá, é coisa pra quem compra Ferraris e Lamborghinis como quem vai comprar pãozinho na padaria da esquina.

Tá vendo que o circuito tem contornos de duas cores diferentes, né? A parte azul é só para os que comprarem um terreno na área do circuito, cujos preços começam na casa dos 500 mil dólares - SÓ O TERRENO! - e construírem uma casa, cujo preço começa na casa do UM MILHÃO DE DÓLARES! A parte vermelha é destinada aos "plebeus" que pagam a anuidade de 85 mil dólares que, obviamente, não podem se aventurar na parte azul.

Menos exclusivista, mas igualmente ostentoso, com entrada começando na casa dos 125 mil dólares, é o clube Monticello, perto de Nova York. Eles deixam bem claro que o negócio deles não é corrida, mas sim, acelerar máquinas caras em um espaço exclusivo para entusiastas, uma versão automotiva de um clube de golfe de alto padrão.

Eles têm até um manual de etiqueta lá, quem começar a querer dar uma de fodão, dando uma de piloto, pode acabar EXPULSO do clube. Mas, tem carros de corrida para alugar para quem quer realmente acelerar. O clube se orgulha de alguns dos seus 340 membros terem ido parar em corridas semiprofissionais e profissionais.

No estado da Geórgia, em Dawsonville, perto de Atlanta temos um circuito mais em conta: o Atlanta Motorsport Park. Este é bem mais em conta, e com mais variação de altura que os previamente mebcionados: A diferença pode ficar a até mais de 30 metros do ponto mais baixo ao ponto mais alto da pista.
Também conta com uma pista de kart, e a pista também pode ser usada com dois traçados simultâneos. O título cista 10 mil dólares com mensalidades e taxas extras para usagem do circuito, ou 40 mil dólares, sem as taxas extras.

E por fim, um projeto que também tinha começado como um autódromo pasrticular, depois virou um projeto de clube para a Classe A, mas que mudou totalmente o seu foco e hoje é uma das opções mais baratas para se correr em um autódromo privado nos EUA, o NOLA Motorsports Park, em Avondale, Louisiana - Perto de Nova Orleans.


Comparado com os preços dos dois primeiros "clubes", o título pra correr no NOLA é ridículo para os padrões americanos: O título custa míseros 5 mil dólares (Mais anuidades), e oferece 120 dias por ano para usufruir do circuito - E motos também são permitidas.
Mas, como o número de membros é baixo, eles têm precisado se virar nos 30 para manter o circuito operacional. Uma das alternativas foi hospedar uma prova da Indy em 2015.

Esses são apenas quatro das dezenas, ou quem sabe, centenas, de pistas particulares, usadas como clubes ou mantidas como o tesouro secreto de entusiastas da velocidade. Seja np caro, seja no barato,o que não falta é gente querendo correr. E, para quem tem uma fazenda ou grande propriedade disponível, um autódromo pode acabar por se tornar uma fonte de renda

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