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terça-feira, 7 de março de 2023

O layout do cancelado Autódromo de Taubaté (Ou: "Vamos ver se na segunda tentativa dá certo?")

Me lembro disso como se fosse hoje...

Não sei quem foi que esculachou pra caramba o Autódromo de Taubaté, colocando como uma coisa ainda mais ridícula do que a infame grávida da mesma cidade, que ostentou um barrigão insano, dizendo que teria uma penca de filhos, pra no final descobrirem que era só armação... Eu me lembro de que falaram que era o "Autódromo do Sítio do Picapau Amarelo", só sei que foi muito oba-oba e, como na grande maioria dos casos de autódromos anunciados com muito oba-oba, não passou do oba-oba.

Mas o que tem de especial neste layout? Ah, nada.

Exceto que a entidade nebulosa chamada IMSC designou o MESMÍSSIMO layout para o Autódromo que, dizem, será construído em Araçariguama.

CTRL+C, CTRL+V, na cara dura!

Não sei quem está a par disso, mas eu acho que a prefeita de Araçariguama levou foi uma rasteira. E vai virar motivo de chacota por um bom tempo.

Ah, se o Flávio Gomes fica sabendo disso...!

quarta-feira, 1 de março de 2023

O primeiro circuito cancelado do Brasil

 Ates da pista que seria construída pelos Fittipaldi em Limeira, antes do malfadado circuito de Adrianópolis, o primeiro autódromo cancelado seria erguido no bairro de Jaguaré, na cidade de São Paulo, e também seria anterior a Interlagos.

Não seria apenas um autódromo: seria um complexo esportivo completo, com direito a pista de atletismo, piscina olímpica, campo de futebol, "tablado pra jogo de box", e lógico, arquibancadas.

Reproduzo aqui um anúncio da época, escrito no português da época.


 Por algum motivo que me falha a memória, os recursos para tamanha empreitada não foram suficientes sequer para começar as obras, e a cidade de São Paulo só teria uma praça de esporte a motor em 1940. 

Como o Autódromo de Rio Preto, o de Jaguaré seria oval, mas pelo visto seria bem maior.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Me parece que sim, o Circuito Panamericano sediará corridas...

 A pista de asfalto seco (Dry Handling) do Circuito Panamericano. Das sete, esta é a que interessa.

Ao contrário do que eu imaginava (Apesar das minhas ressalvas insistentes), o Circuito Panamericano (Complexo de pistas da Pirelli em Elias Fausto-SP) poderá sediar provas federadas, e não apenas testes e Track Days para filhinhos de papai. 

Se bem que, de competição, só fiquei sabendo de corridas a pé e de bicicleta...

Como a Pirelli é fornecedora exclusiva de pneus de corrida para categorias de renome aqui no Brasil, nada mais justo que torrar uma grana preta para um complexo de testes com sete pistas e mais de um milhão de metros quadrados. E lógico, se for possível gerar uma receita alugando a pista, melhor. A TCR e a Formula 4 testaram seus carros na pista (Preciso falar dessas categorias qualquer dia desses...), e me parece que 2023 vai ter provas rolando no circuito.

Mas, ao contrário dos autódromos construídos para a finalidade de competição, e seguindo o "exemplo" do Velo-Cittá da Mitsubishi, não espere ingresso à venda pra assistir às possíveis provas nesse novo circuito, inaugurado em 2021. Não há espaço para espectadores. Nem mesmo arquibancadas desmontáveis.

Todavia, se houver mesmo provas federadas no Circuito Panamericano, São Paulo se iguala ao Rio Grande do Sul, com quatro autódromos federados, Isso, sem contar as pistas particulares que recebem eventos particulares, como Capuava (Indaiatuba), DIMEP (Itatinga), Haras Tuiuti (Tuiuti) e a futura (Oremos) pista de Tremembé. Nada mau para um estado que, na década de 90, só tinha Interlagos... 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Circuitos de Rua obscuros do Brasil, em São Paulo e no Rio de Janeiro

 Caçando por novos autódromos nos dias de hoje, tropecei em mais relíquias do passado.

Antes do surgimento de Interlagos, em São Paulo, aconteceu a primeira e única edição do Grand Prix de São Paulo, com máquinas e pilotos de todo o mundo. Foi nessa corrida que aconteceu o infame acidente de Hellé-Nice que deu muita fofoca e fez surgir um novo nome a escolher pras meninas que nasciam aqui em terras tupiniquins – Sim, o nome "Elenice" deriva diretamente da piloto francesa. 

Essa corrida teve um desfecho tão infame (Pra não dizer trágico - Cinco mortos e mais de 30 feridos) que foram proibidas as corridas em circuito de rua na cidade de São Paulo, lei essa que só foi revogada quando a Indy precisou correr aqui, e não podia correr em Interlagos, pois a Formula 1 detinha direitos exclusivos sobre o uso do traçado.



Outro circuito obscuro que eu encontrei, mas do qual não tenho mais informações além do desenho do traçado, é o circuito da Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.



Mais detalhes sobre o Autódromo de Rio Preto - Aquele que surgiu ANTES de Interlagos

Deste site, eu trago mais informações a respeito do Autódromo, os eventos ocorridos nele e, o principal: Seu formato e medidas. 

(...) O primeiro autódromo brasileiro com um circuito exclusivo para competições de esporte a motor teria sido construído em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, em 1926, 14 anos antes da inauguração de Interlagos.

Na conversa no podcast do Projeto Motor sobre rali e o livro, publicada em janeiro de 2022, o próprio autor do capítulo, o jornalista Luiz Alberto Pandini, confessou que ficou surpreso quando descobriu a existência dessa pista.

“Isso derruba aquela informação que todos nós conhecemos que Interlagos foi o primeiro autódromo do Brasil”, disse Pandini. “Eu fiquei espantadíssimo”, completou.

Utilizando o relato como gancho, o Projeto Motor resolveu buscar mais informações sobre o autódromo de Rio Preto. A história da pista, pouco conhecida nacionalmente e até mesmo nos meios do automobilismo, tem registros importantes na cidade de Rio Preto, tanto em jornais da época quanto em livros sobre a cidade.

Pesquisamos em publicações, conversamos com historiadores e fomos até São José do Rio Preto para conhecermos mais sobre o autódromo, que muito provavelmente foi não só o primeiro do Brasil como de toda da América Latina. E importante destacar: já existia automobilismo no país, porém, estamos falando de uma pista construída especificamente para o esporte, e não um circuito de rua ou estrada.

Como nasceu a ideia da construção de um autódromo em Rio Preto

O projeto de construir uma praça para automobilismo em Rio Preto foi de Romoaldo Negrelli, um empresário descendente de italianos. Natural de Ribeirão Preto, outra cidade forte do interior paulista, Negrelli foi morar ainda criança na Itália com a família. Na Europa, completou seus estudos, se formou em Ciências Econômicas e ainda lutou na I Guerra, chegando a ter a patente de tenente.

No começo dos anos 20, Negrelli retornou ao Brasil e se instalou em Rio Preto, onde se associou a um tio, Evaristo Negrelli, em negócios de comércio de grãos e café. Em 1922, ele se tornou presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Preto (ACIRP).

Entre as várias ideias e influências que ele sofreu e trouxe da Itália, se destaca seu envolvimento com o fascismo. Ao se envolver na vida política local, ele fundou em 1924 o Partido Fascista de Rio Preto, que tinha ligação direta com o Partido Fascista Nacional italiano. Um ano depois, ele foi novamente até o país europeu para receber do próprio Benito Mussolini o título de “Cavalieri della Corona”.  

Em sua bagagem, porém, também vieram outros costumes da Europa. Enquanto esteve fora do país, ele teve contato com automobilismo e, de volta ao interior de São Paulo, acreditou que o esporte a motor poderia ter impulso na região. E assim, em 1925, ele decidiu liderar a empreitada de construir o primeiro autódromo com propósito exclusivo para corridas de carros do Brasil.

Negrelli conseguiu uma área de 42.500 m² na fazenda do amigo Cel. Vitor Brito Bastos. O circuito ficaria localizado onde hoje fica a Rua Bernardino de Campos, região central da cidade de Rio Preto.

Segundo a edição de 19 de agosto de 1926 do jornal “O Município”, naquela semana, Negrelli entrou com um pedido de concessão na Câmara de Rio Preto. Porém, a construção já teria começado muito antes, com notícia da edição de 1º de novembro de 1925 da mesma publicação anunciando que as obras do equipamento já estavam caminhando.

O terreno foi limpo utilizando cavalos e arados para retirar a vegetação, fechado com um cercado e teve instalada infra-estrutura para receber público e até mesmo realizar eventos fechados como festas sociais. O responsável pela obra foi José Bignardi, engenheiro-chefe do Serviço de Topographia e Calçamentos de Rio Preto.

A pista tinha mil metros de extensão com largura aproximada de 15 metros e foi aplainada de forma a seguir especificações técnicas internacionais. O Projeto Motor não conseguiu uma confirmação exata do desenho do circuito, mas por desenhos informais e alguns relatos de provas publicados nos jornais da época, além do fato do traçado ser bastante curto, é muito provável que se tratava de um circuito oval. Até porque é possível verificar na programação que a pista também era utilizada para provas de turfe.

Anúncio das obras do autódromo de Rio Preto
Anúncio das obras do autódromo de Rio Preto (Reprodução/Jornal O Município

Em um segundo momento, já com o autódromo em funcionamento, chegou-se, inclusive, a se estudar uma parceria entre o autódromo e a Sociedade Hyppica de Rio Preto, que negociava participar da administração do equipamento, como foi relatado na edição de 19 de abril de 1927 do jornal “A Notícia”.

A informação sobre o autódromo chegou aos grandes centros do país, ganhando manchetes principalmente na capital paulista. O jornal Estado de S. Paulo publicou em 21 de agosto de 1926 que “segundo notícias de Rio Preto, deu entrada na Câmara Municipal daquela cidade um requerimento pedindo a concessão para ali ser construída uma pista para corrida de automóveis. Os trabalhos de construção desse autódromo, localisado (sic) em um dos mais bellos pontos da cidade próximo ao campo do Rio Preto E. C. foram já iniciados.”

Inauguração e movimentação da sociedade no autódromo

O Autódromo de Rio Preto foi inaugurado no dia 20 de dezembro de 1926 com uma grande festa e ampla programação de corridas e exposição de carros. As primeiras voltas na pista foram realizadas pelo piloto local de origem italiana Arthur Abrigato, amigo e parceiro comercial de Negrelli em uma empresa de transporte de combustível.

Entre os convidados estavam Conde Matarazzo, que levou uma Bugatti de sua coleção, o industrial Carlos Jafet e o Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, mais conhecido como Barão de Tefé, avô de Manuel Antônio de Teffé, um dos principais pilotos brasileiros da primeira metade do século XX.

Pela pesquisa nos jornais da época, é possível perceber que a programação semanal de corridas passou a ser bastante movimentada, se tornando uma espécie de evento permanente das classes mais altas da cidade. Em um de seus relatos sobre os eventos, “O Município” descreve os domingos no autódromo desta forma:

“Tarde explendida. Tudo que Rio Preto tem de chic e na presença de distinctas pessoas da sociedade rio-pretense, ali presentes realisaram-se (sic) provas admiráveis de automobilismo, corridas de cavallos, corridas de charettes sempre debaixo do maior enthusiasmo do nosso público.”

No carro à direita, uma Bugatti, Romoaldo Negrelli e Arthur Abrigato posam no circuito de Rio Preto
No carro à direita, uma Bugatti, Romoaldo Negrelli e Arthur Abrigato posam no circuito de Rio Preto (Reprodução/Livro “São José de Rio Preto de A a Z”)

As provas normalmente levavam os nomes das marcas dos carros como “Fiat” ou “Ford”, sendo que em algumas delas eram realizados desafios entre os modelos de montadoras diferentes como “Fiat vs Oldsmobile”. Os vencedores ganhavam medalhas de ouro, normalmente concedidas pelo próprio Romoaldo Negrelli.

Mulheres tinham alguma frequência na participação. Em uma das que ganhou mais destaque foi o duelo entre Mariinha Jorge e Rosalinda Negrelli, que aconteceu em 27 de fevereiro de 1927. Com o triunfo, Jorge acabou conquistando o título de “rainha do volante de Rio Preto”.

Na semana seguinte, a campeã recebeu um novo desafio, de Amelia Scaf, que utilizaria um Oldsmobile de seis cilindros contra o Ford da adversária. Segundo o jornal “O Município”, a vencedora ganharia até mesmo um prêmio em dinheiro da fabricante do carro vencedor.

Outro duelo que mexeu com a cidade foi entre o Bugatti de Negrelli e o Dodge do Dr Masbarfer, que tomou as manchetes dos jornais em agosto. Os dois carros foram conduzidos por 100 voltas no pequeno circuito de Rio Preto, com o Bugatti vencendo a prova com uma vantagem de seis voltas. Estes tipos de duelos diretos entre dois competidores aconteciam com alguma frequência no circuito e eram chamados pelos jornais de corridas “à americana”.

Não existe muita dúvida que o autódromo se tornou um sucesso, sendo descrito pelo “A Notícia”, em março, apenas três meses após a inauguração, como “o principal ponto de diversão em nossa cidade”. O furor foi tão grande que Negrelli e Abrigato chegaram a fundar a Associação dos Chauffers de Rio Preto, incentivando mais pessoas da região, incluindo cidades como Taquaritinga e Jaboticabal, a participarem com seus modelos das provas.

Em 20 de julho de 1927, o autódromo foi rebatizado com o nome de Carlos Campos, que foi governador do estado de São Paulo de 1º de maio de 1924 até o dia de sua morte, em 27 de abril de 1927.

Iluminação para recorde de resistência

Um evento que chama a atenção na história do autódromo de Rio Preto é da tentativa de recordes de resistência realizadas pelo piloto descrito como Dr Masbarfer. É possível conferir diversas citações ao episódio em todos os jornais da época durante as semanas que antecederam o acontecimento.

O Dr Masbarfer utilizou um modelo Dodge para tentar percorrer 1.500 milhas de forma ininterrupta. Durante o percurso, seriam medidas suas médias para os recordes nas marcas dos 500 Km, 500 milhas, 1.000 Km. 1.000 milhas, 1.500 Km e 1.500 milhas.

Largando às 11 horas da sexta-feira, 29 de julho de 1927, para conseguir completar toda essa quilometragem, o Dr Masbarfer precisaria atravessar a noite. Por isso, foi providenciada iluminação artificial em toda a trajetória da pista para ele enxergar o trajeto.

No sábado de manhã, os jornais “O Município” e “A Notícia” publicaram as parciais do ritmo do piloto até o fechamento de suas edições na tarde de sexta. No começo da semana, foram publicados os resultados, com o novo recorde brasileiro e sul-americano para os 1.000 Km.

Registro no jornal "A Notícia" do suposto recorde do Dr Masbarfer
Registro no jornal “A Notícia” do suposto recorde do Dr Masbarfer (Reprodução/A Notícia)

Fim abrupto do autódromo de Rio Preto

Apesar do enorme sucesso, o autódromo de Rio Preto durou pouco mais de um ano. Em 1928, Negrelli adoeceu e voltou a Itália em busca de tratamento médico. Ele acabou morrendo pouco tempos depois, em 23 de novembro de 28, no Sanatorio Europa, em Trento.

Proprietário da área onde se encontrava o autódromo, o Cel. Brito Bastos não teve interesse em dar continuidade à administração do circuito e o circuito teve suas atividades prontamente paralisadas para sempre.

O automobilismo brasileiro e no interior de São Paulo continuou crescendo até receber um novo empurrão decisivo em 1940. Após diversos projetos e tentativas frustradas, a capital do estado finalmente inauguraria o autódromo de Interlagos, que na data de hoje é um dos mais antigos do mundo que mantém suas atividades.

NOTA DO ONDASHIZ: Alguém se prontifica a fazer essa pista (Um oval curto de terra) pro rFactor?

Pra sobreviver, a pista de Franca mudou seu nome... E seu propósito.

 


Era uma vez um club track chamado "Speed Park", surgido na cidade de Franca (SP). Nele eram realizados eventos legais como a tradicional corrida "Pé na Tábua", com calhambeques, e o "TT (Tira-Teima)" com motos clássicas. Também tinham provas de arrancada, drift, além de automobilismo  e motociclismo regional.

Mas aí, apareceu outro "Speed Park"... Um investimento milionário, um kartódromo de nível internacional padrão FIA, na cidade de Birigui (SP). O kartódromo era tão extenso que, se fosse um tiquinho mais largo, seria outro club track. Com foco no kart profissional e nas provas de arrancada, este Speed Park virou "O" Speed Park, ofuscando a pista de Franca e resultando em seu fechamento temporário. As provas tradicionais, como o "Pé na Tábua" e o "TT (Tira-Teima)" migraram pra outro lugar: O Autódromo DIMEP, pista de corrida particular de Dimas de Mello Pimenta, em Itatinga (SP).

Hoje, a pista, que reabriu uns anos atrás, tem outro nome - SPEED RACE FRANCA - e estreitou e muito seu leque de abrangências, restringido-se tão somente às provas de arrancada.

Porque, parece que na cabeça do brasileiro, automobilismo é só isso. Que desperdício.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Enquanto isso, em Tremembé...

 

 

Na região da Serra da Mantiqueira, na cidade de Tremembé, está se erguendo - Sem alarde, como sempre - um novo circuito. 

Mas, deixando o oba-oba de lado, a última notícia relevante acerca dele data de 2021. 

O circuito fica bem perto do Race Valley, a pista de arrancada da cidade, o que levanta a suspeita de que sejam do mesmo dono. Promete ainda um kartódromo e, como os autódromos mais recentes, é mais um daqueles "clubes privativos" pro pessoal cheio da grana acelerar suas Ferraris, Lamborghinis e Porsches. Ou seja: Não será uma espécie de "Interlagos da Serra" para qualquer dono de Gol Quadrado com kit turbo padaria moer asfalto nos track days da vida.

(Bom, esperar o quê de um autódromo erguido na cidade auto-considerada a "Suíça Brasileira", e vizinha de Campos do Jordão?)

Eu tava até entusiasmado com o projeto, mas pretende ser um novo Thermal Club ou um novo Monticello Motor Club ou, num caso local, um novo Haras Tuiuti, e não um autódromo federado como o Velo-Cittá ou o Autódromo de Curvelo. Não posso esconder que estou decepcionado.

Resta a esperança de Chapecó que, seguindo os passos de Piracicaba (Que também começou como curcuito de terra), tem previsão para ser inaugurado no terceiro ou quarto trimestre deste ano.

E rogo a minha praga, que o Autódromo da mantiqueira tenha o mesmo destino do NOLA. que, pra poder sobreviver, precisou abrir sua pista pra federados e a galera mais pé-de-chinelo. Essa ricaiada tá muito folgada pro meu gosto.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Excelente vídeo de uma campanha pra salvar o AIC

 Houve um debate, acho que na Câmara de São José dos Pinhais, com os feladaputas que querem destruir o AIC pra construir um condomínio-parque, e com aqueles que lutam para manter seu meio de vida em pé e operando. Vou por o vídeo abaixo para que assistam.

As melhores frases do vídeo:
-"Tem gente que vem de outros estados pra ver corrida aqui. Quem que vai vir de outro estado pra ver um parque com laguinho?"
-"Vocês não serão conhecidos como uma empresa que construiu um condomínio; vocês serão conhecidos como a empresa que destruiu o Autódromo de Curitiba."

Se você puder (E quiser), adira à campanha, mesmo que só colocando a hashtag #SaveTheAIC no teu Insta, no teu Face, ou mesmo no teu Twitter.

Segue o video. #SaveTheAIC



sábado, 2 de outubro de 2021

Curitiba - Mais uma prova de que o capitalismo não respeita História, Esporte, ou Cultura.

 

"Adeus, AIC, e obrigado pelas corridas."

O Capitalismo não respeita nem a própria natureza - Que o diga Balneário Camboriú, que perdeu seu pôr-do-sol graças às fileiras de torres de "alto padrão" - o que dirá de coisas que, na opinião dos bisnetos dos grandes barões, são "fúteis e desnecessárias"?

Novamente, o Autódromo Internacional de Curitiba, outrora Autódromo Raul Boesel, está com a corda no pescoço. E desta vez, não há nada que o Estado possa fazer, porque o autódromo é propriedade privada e o dono das terras só pensa em uma coisa: LUCRO. A única coisa que o Estado poderia fazer seria... Comprar o autódromo. Mas não vamos nos esquecer de quem é o Governador do Estado do Paraná, nem de quem é a Prefeita de São José dos Pinhais (Sim, apesar de ele se chamar "Autódromo de Curitiba", ele não se localiza em Curitiba, mas na cidade vizinha supracitada). Só um milagre pode salvar a pista que foi palco de decisão de campeonato da Stock Car e de provas da WTCC.

Em 2016, a direção do Autódromo voltou atrás aos 45 do segundo tempo. Mas na virada de 2021 pra 2022, acho improvável que o galo português livre o inocente da fogueira. A intenção é construir um "distrito inteligente" com áreas residenciais, comerciais e de lazer. A prefeitura deu seu aval (Nunca confie em um político que já foi do DEM...) e os automobilistas que se mudem para Cascavel ou para Londrina.

O plano maligno para transformar o AIC num condomínio.

Os protestos dos automobilistas de Curitiba, Pinhais e arredores, são inúteis. Infelizmente, o AIC sofrerá a mesma sina de Jacarepaguá. Se você puder ir pra São José dos Pinhais, para assistir uma corrida ou mesmo participar de um Track Day, se apresse: O autódromo não verá 2022 surgir.

F Curitiba.


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O mais novo autódromo do Brasil - Circuito Panamericano

Na onda de grandes empresas que possuem circuitos privados, a Pirelli seguiu o passo da Mitsubishi e abriu, na pequena cidade de Elias Fausto-SP, o complexo conhecido como Circuito Panamericano.

É um complexo pra testes de pneus, com vários tipos diferentes de pista, São sete pistas, cada uma com uma função, entre elas a pista de corrida no seco (O circuito em si), a pista molhada, que reaproveita a água jogada na pista, uma pista de teste de ruído interno, uma de ruído externo, a pista off-road, o anel molhado (pra testar capacidade de curva em ambiente molhado) e a pista de testes especiais. A diferença dessa pra outras pistas de testes é que esta possui uma "área social", ou seja, não é uma pista de uso restrito à fábrica, como as pistas anteriores de fábricas de pneus (Pirelli, inclusive) e de montadoras de veículos, mas sim, espaços que podem ser alugados para "eventos sociais" (Com muitas aspas aqui) que envolvam esporte a motor.

Tudo isso só pra testar pneus.

Já teve gente estudando a pista e, pelo visto, o Circuito Panamericano é mais uma daquelas pistas que serão usadas para testes de veículos por canais de mídia e track days de filhinhos de papai, mas nada descarta a possibilidade de uma corrida da CBA ou da FASP (Ou mesmo da LDA) nesses domínios.

Por ser mais um autódromo "privado" (Somando-se a Velo-Città [Apesar de que esse recebe corridas], Haras Tuiuti, Capuava, e DIMEP), o Circuito Panamericano não será contado como um "novo" autódromo para o estado de São Paulo que, "oficialmente" possui 3 autódromos que recebem corridas federadas: Interlagos, ECPA (Piracicaba) e Velo-Città (Mogi-Guaçu). 


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

[POSSANTE VIRTUAL] ...ESTÁ FEITO!

Terminei de converter as pistas do PACK MONSTRO do Valmir Pilz.

Eis a lista completa:

Clube Amigos da Velocidade (Fazenda Evaristo), Rio Negrinho-SC ---TERRA
Pista do CTG Casa de Pedra, Rio Negrinho-SC --- TERRA
Autódromo Volta Grande, Rio Negrinho-SC (1982) ---TERRA [Histórico]
Autódromo Plácido Gaissler, Mafra-SC (Novo traçado) ---TERRA
São Pedro (Sindicato), Rio Negrinho-SC --- TERRA [Histórico]
Recanto Buger Strasse, São Bento do Sul-SC (2 traçados) --- TERRA [Fictício]
Aldo Sabatke, Palmeira-PR --- TERRA [Histórico]
Quaraí-RS (Aeroporto) --- TERRA
Palotina-PR --- TERRA
Vale do Sol, Guarapuava-PR --- TERRA
Jandaia-PR --- TERRA
Max Mohr, Ascurra-SC (com 3 traçados) --- TERRA
Capivari de Baixo-SC --- TERRA [Fictício]
Cruzeiro do Oeste-PR ---TERRA
Altrip, Alemanha --- TERRA
Autocross Oschersleben, Alemanha --- TERRA
Camaçari-BA --- TERRA
Morumbi Speed Park, Campos dos Goytacazes-RJ --- TERRA
São Desidério-BA --- TERRA
Vale dos Cobras, Camboriú-SC (2.0) --- TERRA [Histórico]
Adrianópolis, Nova Iguaçu-RJ --- TERRA [Histórico]
Brusque-SC (Traçado longo)--- TERRA
Indaial-SC --- TERRA
Ituporanga-SC (Com 3 traçados) --- TERRA
Autódromo Alceu Feldmann, Lontras-SC (2 traçados, 2.0) --- TERRA
Joaçaba-SC (Traçado reverso) --- TERRA
São Francisco do Conde-BA --- TERRA
Cachoeira de Itapemirim-ES --- TERRA [Histórico]
De Lucca Park, Catanduvas-SC --- TERRA
Corupá-SC --- TERRA [Fictício]
Autódromo Valdemar Fragnani, Cordeirópolis-SP (2.0) --- TERRA
Joinville-SC --- TERRA [Histórico]
Rio Mandioca (Pista da WEG), São Bento do Sul-SC --- TERRA [Histórico]
Campos de Julio-MT --- TERRA
Sítio dos Lagos, Lacerdópolis-SC --- TERRA
Massaranduba-SC --- TERRA
Porto União-SC --- TERRA
Araraquara-SP (3 traçados) --- TERRA
Pista de testes da Pirelli, Valinhos-SP --- TERRA [Histórico]
Brusque-SC (Traçado curto) --- TERRA
Camaquâ-RS --- TERRA
Encruzilhada do Sul-RS --- TERRA
Júlio de Castilhos-RS --- TERRA
Parque de Eventos João Zimmermann, Fazenda Vila Nova-RS --- TERRA
Quaraí-RS (Sindicato) --- TERRA [Histórico]
Santa Maria-RS --- TERRA
Tapes-RS --- TERRA
Witmarsum-SC --- TERRA
Mormaço-RS --- TERRA

Circuito de Rua de Jacareípe, Serra-ES ---ASFALTO [Fictício]
Circuito de Rua de Zortéa-SC --- ASFALTO [Fictício]
Circuito de Rua de Lausanne, Suiça --- ASFALTO [Fictício]
Plan Speed Park, Campo dos Goytacazes-RJ --- ASFALTO
Circuito de Rua de Conceição da Barra-ES --- ASFALTO
Fazenda DIMEP, Itatinga-SP (com 2 traçados) --- ASFALTO
Haras Tuiuti, Tuiuti-SP (com 3 traçados) --- ASFALTO/OVAL/RALLYCROSS
Goiânia-GO (com 6 traçados) --- ASFALTO
Circuito de Rua da Cidade Baixa, Salvador-BA --- ASFALTO
Circuito de Rua de Porto Nacional-TO --- ASFALTO [Fictício]
Circuito de Rua de Manaus-AM (2 traçados) ---ASFALTO [Fictício]
Hannover, Alemanha (3 traçados) --- ASFALTO/KART/OVAL [Fictício]
Autódromo Potenza, Lima Duarte-MG (Com 2 traçados) --- ASFALTO
Thompson Speedway, EUA (Com 3 traçados) --- ASFALTO/OVAL
Circuito de Rua Via Expressa Sul, Florianópolis-SC --- ASFALTO
Circuito dos Cristais, Curvelo-MG (2 traçados) 2.0 --- ASFALTO
Autódromo Virgílio Távora, Eusébio-CE --- ASFALTO
Autódromo da Paraíba, São Miguel do Taipu-PB (2.0) --- ASFALTO
Canelinha-SC (2 traçados) --- ASFALTO [Cancelado]
Speed Park Franca, Franca-SP (2 traçados, 2.0) --- ASFALTO
Circuito de Rua de Penha-SC --- ASFALTO [Fictício]
Autódromo da Paraíba, São Miguel do Taipu-PB (5 traçados, 3.0) --- ASFALTO/OVAL/ KARTCROSS
Bira Circuit, Pong, Tailândia --- ASFALTO
Mega Space, Santa Luzia-MG (2 traçados, 2.0) --- ASFALTO
Circuito de Rua do Sambódromo, Rio de Janeiro-RJ (2 traçados, 2.0) --- ASFALTO

Manduri-SP --- KARTCROSS
Teófilo Otoni-MG --- KARTCROSS

Kartódromo de Brusque-SC --- KART
Kartódromo Afonso Petschow, Rio Negro-PR --- KART
Kartódromo de Lages-SC --- KART
Kartódromo Internacional Beto Carrero World, Penha-SC --- KART
Kartódromo de Araraquara-SP --- KART

Pfeffelbach, Alemanha --- RALLYCROSS

Campo de Provas da Iveco, Sete Lagoas-MG (2 traçados) --- OVAL/ASFALTO
Walt Disney Speedway, Orlando, Flórida, EUA --- OVAL [Histórico]
Pista de testes da Bosch, Curitiba-PR --- OVAL
Solvalla, Suécia (3 traçados) --- OVAL/RALLYCROSS/ASFALTO

E agora, os links das três últimas partes:
Pack parte 3

Pack parte 4

Pack parte 5 (Final)

sábado, 4 de janeiro de 2020

[POSSANTE VIRTUAL] Vamos continuar os trabalhos...

Recebi mais um conjunto de pistas do Valmir Pilz relativas ao "PACK MONSTRO". Desta vez, tem pistas que eu nunca achei que estariam lá.

Eis a relação:

1-Brusque, SC, pista de autocross e motovelocidade
2-Camaquã, RS, pista de terra, desativada
3-Campos de Júlio, MT, pista de velocidade na terra nova.
4-Cruzeiro do Oeste, PR, sediou etapa da copa norte de Kart Cross no Paraná
5-Curitiba Industrial, PR, pista de testes oval de asfalto da empresa Bosch
6-Encruzilhada do Sul, RS, pista que sedia etapa do gaúcho de velocidade na terra
7-Guarapuava, PR, antiga pista do estadual de terra do Paraná (Vale do Sol)
8-Jandaia, PR, pista de kart cross do Paraná
9-Júlio de Castilhos, RS, pista de velocidade na terra gaúcha
10-Lacerdópolis, Sítio do Lagos em Santa Catarina, onde realiza-se anualmente a Copa Zanoello
11-Massaranduba, SC, pista de moto velocidade, também sediou etapas da antiga Copa Norte de VNT
12-Mormaço, RS, pista de velocidade na terra
13-Palmeira, PR, pista antiga do Paraná onde se realizavam etapas do estadual de VNT
14-Palotina, PR, pista de velocidade na terra
15-Parque de Eventos João Zimmermann, Fazenda Vila Nova, RS, realizou eventos de VNT e realiza arrancadas de moto e carro.
16-Penha, SC, pista fictícia nas ruas da cidade do Beto Carreiro World
17-Quaraí Aeroporto, RS, pista que sedia a Copa Fronteira de automovilismo na terra
18-Quaraí Sindicato, antiga pista de Quara´pi localizada no terreno do Sindicato da cidade, vnt
19-Santa Maria, RS, pista de vnt que sediou etapas do gaúcho de velocidade.
20-Solvalla Oval, Suécia, circuito oval na Suécia
21-Solvalla STCC, Suécia, circuito que sediou etapas da STCC, a stock sueca.
22-Solvalla Rallycross, Suécia, circuito misto terra e asfalto
23-Tapes, RS, sediou etapas do gaúcho de vnt antigamente.
24-Witmarsun, SC, pista de moto velocidade na terra
25-Afonso Petschow, Rio Negro, Paraná, pista de kart
26-Araraquara 1, 2 e 3, três traçados da pista de velocidade na terra
27-Kartódromo de Araraquara, SP, pista de kart
28-Cachoeiro do Itapemirim, ES, pista de motocross
29-Catanduvas, DeLucca Park, SC, pista de autocross
30-Conceição da Barra, ES, pista de rua que sediou etapas da BKR Sport
(Esta pista foi encontrada por mim graças a um videotape de uma corrida da BKR Sport)
31-Cordeirópolis, pista de terra atualizada
32-DIMEP, SP, pista particular
33-DIMEP reverso, SP,
34-Franca, SP, versão melhorada da pista paulista
35-Franca, SP, traçado reverso
36-Haras Tuiuti Rali, versão rallycross fictícia
37-Haras Tuiuti, traçado oval
38-Haras Tuiuti, traçado misto
39-Jacareípe, ES, traçado pelas ruas ou local de testes. Asfalto
40-Kartódromo de Lages, SC
41-Joinville,SC traçado reverso, pista de terra
42-Mandurí, SP, mini pista de Kart cross
43-Rio Mandioca, São Bento do Sul, SC pista onde se realizava campeonatos de gaiola cross
44-Valinhos, antiga pista de teste de terra em SP

Na data da postagem, já converti as pistas do ES, as pistas de SC e os kartódromos de SC, e as pistas de SP estão metade já convertidas.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Autódromos Cancelados: Rondonópolis-MT

Uma nova série será feita aqui, dos autódromos que oderiam ter sido, mas não foram. Já citei o caso de Adrianópolis, em Nova Iguaçu-RJ, e o que não falta no Brasil é gente querendo construir autódromo, mas obstáculos diversos (O mais frequente deles sendo a falta de grana) impedindo o projeto de acontecer.

Hoje, vou trazer uma matéria sobre o Autódromo que seria construído na cidade de Rondonópolis, no estado de Mato Grosso. Matéria esta, copiada do site A Tribuna, de 20 de maio de 2018.

Um exemplo da descontinuidade de projetos entre diferentes gestões públicas é o Autódromo de Rondonópolis, que começou a ser construído na administração do ex-prefeito Adilton Sachetti e foi abandonado na primeira administração do prefeito Zé Carlos do Pátio (2009/2012). O dinheiro investido no projeto não resultou em nada e tudo hoje caiu no esquecimento. A série de reportagens do Jornal A TRIBUNA sobre obras públicas paradas destaca hoje essa construção que gerou muita polêmica na cidade.

A ideia era proporcionar a Rondonópolis, conhecida como Capital do Bitrem, um grande espaço para realização de eventos como Fórmula Truck, campeonatos de arrancadas, de som automotivo, até da Stock Car, entre outros, o que também ajudaria a fomentar a economia local. Assim, o ex-governador Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura, encomendou com um arquiteto em Curitiba-PR o projeto completo e uma maquete de um autódromo que seria construído na cidade.

O projeto previa um custo total de R$ 15 milhões, contemplando capacidade para 21 mil pessoas em arquibancadas cobertas, pista principal de 3.513 metros de comprimento, 40 boxes principais e mais 30 boxes secundários, e estrutura de apoio, capaz de sediar provas internacionais no asfalto.

A maquete do Autódromo, que chegou a ser exposta em locais públicos da cidade – Foto: Arquivo
A iniciativa seria efetivada em parceria com a Prefeitura de Rondonópolis, com articulações iniciadas ainda em 2007. O local escolhido foi uma área junto ao Aeroporto Municipal e à BR-163, na saída para Campo Grande (MS), em uma área de 80 hectares. Em 2008, o Município anunciou que conseguiu parte dos recursos e iniciou a licitação da 1ª fase do Autódromo de Rondonópolis.

Foi informado, na época, que o Autódromo de Rondonópolis tinha conseguido R$ 757 mil junto ao Ministério do Turismo para os trabalhos iniciais. Além disso, o Município tinha iniciado também a construção de dois portais de saudação aos visitantes da cidade, sendo um no acesso ao Aeroporto Marinho Franco e outro no acesso ao Autódromo. Cada portal custaria R$ 75 mil, mas apenas um deles foi instalado, mas não trazendo nenhum diferencial para a cidade.

As obras da 1ª fase do Autódromo compreenderiam apenas serviços de delimitação da área por meio do seu fechamento, definição da pista em caráter primário, sem asfaltamento, entre outros serviços de infraestrutura. Grande parte desses serviços chegou a ser feito. A justificativa era que seria necessário, portanto, a alocação de mais recursos para o término do projeto.

Contudo, com a entrada do prefeito Zé Carlos do Pátio, na gestão 2009/2012, o projeto de construção do Autódromo foi deixado pela metade. Nessa gestão, foi anunciado apenas a conclusão dos serviços finais da 1ª etapa do recinto. A alegação foi que o Município não conseguiu viabilizar os recursos para a concretização das etapas seguintes do autódromo de Rondonópolis, fazendo com que o projeto ficasse esquecido.

Agora, dez anos depois, o projeto segue deixado de lado e, no local que seria construído o complexo esportivo, resta somente vegetação, sem nenhum vestígio de que o local recebeu obras. Dessa forma, todo o investimento inicial para realização da 1ª etapa do projeto, na época orçada em cerca de R$ 757 mil, ficou totalmente desperdiçado. Atualmente, não resta nenhum sinal de benfeitoria no local.

Evidenciando a descontinuidade de projetos, a gestão do prefeito Percival Muniz tinha anunciado o projeto de um outro autódromo para Rondonópolis, dentro do projeto do futuro Parque da Seriema, junto ao Rio Vermelho, na região da Vila Goulart. No entanto, com a entrada novamente do prefeito Zé Carlos do Pátio, em 2016, o projeto inicial para o Parque da Seriema, deixado por Muniz, também foi deixado de lado.

Hoje, a construção do Autódromo de Rondonópolis virou frustração para a classe esportiva e exemplo de descaso com o dinheiro público. Os recursos foram usados em serviços que se perderam em meio à ação do tempo e descontinuidade da iniciativa. Contudo, acabou evidenciando o perigo que representa a execução de projetos grandiosos em Rondonópolis, que dependem de liberação de recursos em novas etapas e, principalmente, do interesse de outras gestões políticas.

POSIÇÃO DO MUNICÍPIO

O Jornal A TRIBUNA entrou em contato com a Prefeitura de Rondonópolis para saber a posição da gestão municipal a respeito dessa inciativa, mas não teve resposta nenhuma até o fechamento desta edição.
[FIM DA MATÉRIA]
O Autódromo sendo construído ainda em 2009 - As obras do Autódromo abandonadas em 2019

A maquete do projeto pronto.

É uma pena que o revanchismo político esteja acima do bem comum, atrapalhando a prática do esporte a motor.

Assim se espera ser o Autódromo Rafael Sperafico, em Toledo-PR


O trecho do retão de arrancada já está pronto, recebeu inclusive uma etapa do Sul-Brasileiro de Arrancada.
Falta a aquisição de uma área de 15 alqueires para a construção do resto do circuito, que se estima que seja como o layout acima.
Com o de Toledo, serão 4 autódromos no Paraná aptos para competições nacionais (Junto com Cascavel, Londrina e Curitiba), número igualado pelo Rio Grande do Sul (Tarumã, Guaporé, Sta. Cruz do Sul e Velopark). São Paulo possui três (Interlagos, ECPA e Velo-Città - Speed Park Franca foi desativado, e os outros três [Capuava, DIMEP e Haras Tuiuti] são propriedades particulares, não aptas a competições oficiais). Minas Gerais também terá seu terceiro em 2020 (Potenza, alinhando-se com Mega Space e Curvelo) Os demais estados, possuem um autódromo cada: RJ (Campos dos Goytacazes), DF (Brasília), MS (Campo Grande), GO (Goiânia), ES (Mestre Álvaro, desativado), PE (Caruaru), PB (Autódromo da Paraíba), CE (Fortaleza).

E que venham mais autódromos!

domingo, 29 de setembro de 2019

Tá quase pronto...


O Autódromo Potenza, na cidade de Lima Duarte-MG, a 30 Km de Juiz de Fora, já está recebendo suas primeiras camadas de leito para asfalto. O traçado já é visível.
Com certeza, em 2020 estará pronto e poderá receber provas do certame nacional de automobilismo.
Os fluminenses estão "crescendo os zóio", doidinhos pra percorrer as curvas desse novo autódromo (E os mineiros não estão gostando nada disso).
O motivo é que Lima Duarte fica quase na fronteira com o RJ, e parece que o Plan Speed Park de Campos dos Goytacazes-RJ fica mais longe da Capital carioca que o Potenza.
Faz sentido: Se você morasse em Penápolis, na região de Araçatuba, e erguessem um autódromo em Três Lagoas-MS, por exemplo, você iria pra Interlagos, ou pra Três Lagoas, que fica mais perto?

(Curiosinútil do dia: O autódromo mais próximo de Penápolis é o de Londrina, no Paraná)

Bom, chega de texto. Fique com a filmagem capturada de um drone, mostrando o traçado, trecho por trecho.


Outro autódromo que não saiu... E uma leve suspeita

Procurando por autódromos de terra, para formular algumas sugestões para o organizador da flopada SuperCup V6, dou de cara com um escritório de arquitetura, cujo portfólio de projetos incluía... Sim, um autódromo.
O Sigmaville Lembrava levemente Daytona...

Dada sua localização, entre as cidades de Paulínia e Jaguariúna, tudo me leva a crer que esse seria o famigerado Autódromo do Carlos Cunha - Que seria em Paulínia.

Tenho uma lista completa de possíveis autódromos que foram flopados (Cancelados, não saíram do papel ou tiveram as obras paradas por alguma razão), e o do Carlos Cunha está entre eles. Agora, temos o nome - Sigmaville - E o traçado, que possuía variações.

A data consta de 2004, a maioria absoluta dos autódromos prometidos e não cumpridos data do fim da década de 90 até o fim da década de 2000.

A suspeita se refere a um circuito com o nome parecido, fictício, para rFactor, que seria localizado em São Paulo. Teria sido ideia do mesmo arquiteto? Ou de alguém ligado ao Carlos Cunha? O traçado é muito diferente, mas o nome e a localização são bem parecidos... Coincidência?

domingo, 8 de setembro de 2019

[POSSANTE VIRTUAL] Aventurando-me com o Bob...

Mais especificamente, com o Bob's Track Builder, com o qual é possível criar um autódromo do zero ou "pirateá-lo" de um modelo real com a ajuda do Google Earth.

(É, tive que baixar a bagaça do Google Earth! A versão online não permite criar traçados pra salvar em KML)

Quero fazer um projetão bem grande, mas, como deve-se sempre começar com o mais simples, estou "pirateando" um Club Track que há muito tempo estou esperando ser lançado pro rFactor: O Autódromo Fazenda DIMEP, em Itatinga-SP.

(Sim, é esse o nome oficial. Afinal, tem que ter um nome oficial para sediar o Pé Na Tábua, já que fizeram o DESFAVOR de fechar o Speed Park de Franca... ¬¬)

Só que essa pista vai ser lançada, no mínimo, no ano que vem. Quero me certificar antes que o Valmir Pilz não vai lançar um igual, junto com seu "pack" de circuitos pra rFactor do fim de ano.
Vou até perguntar pra ele.

Mas, como diria o pai-de-santo, "já comecei os trabalhos".


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Imagine se fosse, então!...

Autoridades britânicas inquiriram um proprietário de terra de Tweed River sobre uma estrutura montada em sua propriedade ser um autódromo construído sem autorização.

O dono, no mó cagaço das autoridades, fez que fez, explicou por A+B, explanou, palestrou, seus advogados fizeram o mesmo, explicando que aquela estrutura NÃO ERA um autódromo.
O cara fez até um plano conceito indicando a finalidade daquela pista de asfalto de 2,4 Km de comprimento por 14m de largura, mas a foto tá com as legendas muito pequenas, por isso eu nem me dei ao trabalho de trazer.

No final, ficou o dito pelo não dito, e o cara foi inocentado da "acusação" de construir um autódromo sem licença em sua propriedade.

Agora, algumas perguntas:

1- As terras são do cara, PRA QUE RAIOS ele precisa de autorização para construir alguma coisa em sua propriedade?

2- Por que o cara precisou fazer tanto malabarismo pra se defender de algo que, usando o bom-senso, nem devia ser considerado crime? E...

3- Se ISSO não é um autódromo, É O QUÊ, ENTÃO?!?

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Quando ter um autódromo se torna fonte de renda...

Já falei sobre alguns autódromos particulares daqui do Brasil. Capuava, Fazenda Dimep, Velo-Città e o novo Haras Tuiuti são alguns dos exemplos que alugam pistas para eventos e track days.

Outro exemplo de se gerar renda com um autódromo é o caso de Curvelo, cujo Circuito dos Cristais também comporta um condomínio de alto padrão para os que querem, praticamente, "morar na pista".

Mas e na "pátria de rodas", os EUA, como são os autódromos privados de lá? Bom, como sempre, eu "piratiei" um blog estrangeiro, e trago a informação de que automobilismo de aluguel, por lá, é o ideal para quem não quer encarar provas amadoras como a SCCA ou a inusitada 24 Horas de LeMons, e muito menos as provas semi ou profissionais. Todo autódromo tem seus dias para track day, mas lá há verdadeiros "motorsports clubs", nos quais você pode se associar e tem direito a uma cota de dias por ano para acelerar à vontade, por exemplo, 120 dias por ano. E lá há opção para todos os bolsos.

Vamos começar pelo mais caro dos quatro mencionados na matéria, o Thermals Club, que fica, obviamente, em Palm Springs, região rica de Los Angeles, na Califórnia. Lá, é coisa pra quem compra Ferraris e Lamborghinis como quem vai comprar pãozinho na padaria da esquina.

Tá vendo que o circuito tem contornos de duas cores diferentes, né? A parte azul é só para os que comprarem um terreno na área do circuito, cujos preços começam na casa dos 500 mil dólares - SÓ O TERRENO! - e construírem uma casa, cujo preço começa na casa do UM MILHÃO DE DÓLARES! A parte vermelha é destinada aos "plebeus" que pagam a anuidade de 85 mil dólares que, obviamente, não podem se aventurar na parte azul.

Menos exclusivista, mas igualmente ostentoso, com entrada começando na casa dos 125 mil dólares, é o clube Monticello, perto de Nova York. Eles deixam bem claro que o negócio deles não é corrida, mas sim, acelerar máquinas caras em um espaço exclusivo para entusiastas, uma versão automotiva de um clube de golfe de alto padrão.

Eles têm até um manual de etiqueta lá, quem começar a querer dar uma de fodão, dando uma de piloto, pode acabar EXPULSO do clube. Mas, tem carros de corrida para alugar para quem quer realmente acelerar. O clube se orgulha de alguns dos seus 340 membros terem ido parar em corridas semiprofissionais e profissionais.

No estado da Geórgia, em Dawsonville, perto de Atlanta temos um circuito mais em conta: o Atlanta Motorsport Park. Este é bem mais em conta, e com mais variação de altura que os previamente mebcionados: A diferença pode ficar a até mais de 30 metros do ponto mais baixo ao ponto mais alto da pista.
Também conta com uma pista de kart, e a pista também pode ser usada com dois traçados simultâneos. O título cista 10 mil dólares com mensalidades e taxas extras para usagem do circuito, ou 40 mil dólares, sem as taxas extras.

E por fim, um projeto que também tinha começado como um autódromo pasrticular, depois virou um projeto de clube para a Classe A, mas que mudou totalmente o seu foco e hoje é uma das opções mais baratas para se correr em um autódromo privado nos EUA, o NOLA Motorsports Park, em Avondale, Louisiana - Perto de Nova Orleans.


Comparado com os preços dos dois primeiros "clubes", o título pra correr no NOLA é ridículo para os padrões americanos: O título custa míseros 5 mil dólares (Mais anuidades), e oferece 120 dias por ano para usufruir do circuito - E motos também são permitidas.
Mas, como o número de membros é baixo, eles têm precisado se virar nos 30 para manter o circuito operacional. Uma das alternativas foi hospedar uma prova da Indy em 2015.

Esses são apenas quatro das dezenas, ou quem sabe, centenas, de pistas particulares, usadas como clubes ou mantidas como o tesouro secreto de entusiastas da velocidade. Seja np caro, seja no barato,o que não falta é gente querendo correr. E, para quem tem uma fazenda ou grande propriedade disponível, um autódromo pode acabar por se tornar uma fonte de renda

sábado, 31 de agosto de 2019

[POSSANTE VIRTUAL] Yurodromo

Resgatei este autódromo fictício feito para apresentar um TCC de Engenharia Civil na FURB (Universidade Regional de Blumenau), que contemplava a possibilidade de se implantar um "pequeno" autódromo em Florianópolis-SC.
Minha eterna gratidão ao Matheus Nolli, que foi quem fez a pista no RFactor para fazer o vídeo de apresentação e ao Yúri Horbatiuk Sedor por ter feito este TCC e desenhado a pista. Não conheço nenhum dos dois, mas ainda assim, sou grato.

Olha só como ficou a apresentação...


Esta pista me deu um grande estímulo para continuar lutando pelo autódromo de Penápolis. Eu peguei o vídeo, os designs da pista, a descrição da pista, e vou fazer uma apresentação para quem tem as manhas de construir uma empreitada dessa.
Sem oba-oba, eu espero.