Em defesa de um automobilismo e motociclismo mais acessível, de mais autódromos, de menos burocracia, de taxas menores, do fim da corrupção nas Federações e nas Confederações, em defesa de mais autonomia para pilotos, equipes e donos de praças de esportes a motor, e acima de tudo: Em defesa do esporte a motor "CHINELÃO CAIPIRA"!!!
Uma Mini Barra Circular (Provavelmente, aro 17) motorizada ao estilo de Maringá.
Não é sabido ao certo quem teve a ideia, ou mesmo quando. Mas algum cara deu um jeito de adaptar uma "chapa" basculante e, nela, colocar motor de roçadeira ou motosserra, transmissão por fricção e tanque de combustível. Só se sabe onde isso ocorreu: Maringá, estado do Paraná.
Com os anos, as ideias foram sendo divulgadas e aperfeiçoadas, por pessoas cada vez mais dedicadas, que sabem até mesmo o modelo dos motores que usam. Os kits chineses pra motorizar bicicletas também são vendidos por lá, mas as chamadas "bikinhas de motor" ou, pra distinguir dos kits chineses, "bikinhas de chapa", são mais populares.
Primeiro, porque são mais rápidas. As bicicletas motorizadas no "estilo Maringá" são sempre de tamanho reduzido, tipo Monareta, BMX ou Mini Barra Circular. Isso acarreta em peso menor. O sistema de transmissão por fricção, embora consuma mais o pneu traseiro, significa economia de peso extra, já que não tem coroa, pinhão, embreagem ou corrente. Com carburador de moto 2 tempos, e escapamento esportivo, essas pequenas bestas-feras chegam a passar dos 100 Km/h!
Sinta a potência!
Outro fator para a preferência pelas bikinhas de motor de chapa é o motor em si: Motores de roçadeiras e motosserras, suportam longos períodos em aceleração total, e por isso são bem mais resistentes do que os motores de kit chinês. Tanto é que já começam a surgir os chamados "Frankensteins", motores cuja parte de baixo (Bloco, virabrequim, biela) é de um motor chinês, mas o cilindro e o pistão são de motosserra.
Projeto de um motor "Frankenstein" 92cc.
Apesar de haver variações na receita, o contexto do estilo de motorizada de maringá é: Chapa basculante, tensionada por mola, na qual ficam presos presos motor, transmissão e tanque de combustível, com a transmissão por fricção (O famoso "Rolete"), e motor de roçadeira ou motosserra.
E claro, não pode faltar o "grau".
Apesar do conceito ter se iniciado em Maringá, cidades vizinhas, como Sarandi, também possuem esse estilo de bicicleta motorizada. O capricho é cada vez maior com o passar dos anos e a experiência adquirida e transmitida pelos usuários nas redes sociais.
Houve um debate, acho que na Câmara de São José dos Pinhais, com os feladaputas que querem destruir o AIC pra construir um condomínio-parque, e com aqueles que lutam para manter seu meio de vida em pé e operando. Vou por o vídeo abaixo para que assistam.
As melhores frases do vídeo: -"Tem gente que vem de outros estados pra ver corrida aqui. Quem que vai vir de outro estado pra ver um parque com laguinho?" -"Vocês não serão conhecidos como uma empresa que construiu um condomínio; vocês serão conhecidos como a empresa que destruiu o Autódromo de Curitiba."
Se você puder (E quiser), adira à campanha, mesmo que só colocando a hashtag #SaveTheAIC no teu Insta, no teu Face, ou mesmo no teu Twitter.
Não dá pra dizer que o Paraná não é criativo em seu automobilismo. Foi em Cascavel que teve, por exemplo, a segunda (E pelo visto última) corrida de KOMBI da História do esporte a motor nacional, sendo a primeira em Interlagos.
E Cascavel queria inovar. Por isso, pessoal de lá pensou: "E se fizéssemos uma corrida de caminhões?" A ideia ganhou corpo e se tornou a 1ª Copa Brasil de Caminhões e Caminhonetes.
Sim, Caminhonetes. F-1000, D-20, aquelas grandonas. Dessa parte eu não sabia.
Achei um vídeo completo sobre o evento, mostrando a primeira bateria de caminhões, a corrida de caminhonetes no intervalo, e a segunda bateria de caminhões que foi onde houve a tragédia. Os caminhões só voltariam a correr cerca de 20 anos depois, graças a Aurélio Batista Félix, que resolveu fazer as coisas de uma forma mais profissional, e deu origem à Fórmula Truck, hoje Copa Truck.
Ironicamente, a primeira corrida da Fórmula Truck foi em Cascavel.
O Autódromo Potenza, na cidade de Lima Duarte-MG, a 30 Km de Juiz de Fora, já está recebendo suas primeiras camadas de leito para asfalto. O traçado já é visível.
Com certeza, em 2020 estará pronto e poderá receber provas do certame nacional de automobilismo.
Os fluminenses estão "crescendo os zóio", doidinhos pra percorrer as curvas desse novo autódromo (E os mineiros não estão gostando nada disso).
O motivo é que Lima Duarte fica quase na fronteira com o RJ, e parece que o Plan Speed Park de Campos dos Goytacazes-RJ fica mais longe da Capital carioca que o Potenza.
Faz sentido: Se você morasse em Penápolis, na região de Araçatuba, e erguessem um autódromo em Três Lagoas-MS, por exemplo, você iria pra Interlagos, ou pra Três Lagoas, que fica mais perto?
(Curiosinútil do dia: O autódromo mais próximo de Penápolis é o de Londrina, no Paraná)
Bom, chega de texto. Fique com a filmagem capturada de um drone, mostrando o traçado, trecho por trecho.
O nome tem vários sentidos: A categoria foi fundada no ano 2000 (Ainda que a primeira corrida de fato tenha sido em 2001), e o motor usado não pode exceder os 2000cc. E "GT" é como eles chamam o esporte-protótipo, ou ao menos, o veículo de rodas cobertas destinado unicamente à competição.
Há duas categorias, a GT1 e a GT2, com uma diferença mínima: A GT1 pode usar suspensão livre, enquanto que a GT2 só pode usar suspensão fabricada na Argentina.
(Vá entender os argentinos...)
E uma categoria de entrada está em processo de concepção, a GT3, que vai ser com apenas um modelo de chassi (Crespi), motor Peugeot 1600cc e caixa de câmbio do Gol AP.
A GT 2000 é o equivalente às categorias P3 e P4 do Brasileiro de Endurance. A diferença é que as provas de GT 2000 são curtas, coisa de meia hora.Os chassis ta GT 2000 são todos feitos na Argentina, de fábricas como Crespi, ADA, Sergio, Dragón e Bugueiro.
MetalMoro MR18, é você?
Argentinos já trouxeram um esporte-protótipo para correr aqui no Brasil. O Roco esteve nas 4 Horas de Interlagos, prova válida pelo Brasileiro de Endurance. No entantro, era nada mais que um Fórmula 3 com paralamas.
Com sua posição de pilotagem central, o Roco 001 não esconde sua origem, um Ralt RT34 de Fórmula 3.
Seria interessante ver os PW1, os Spirit ou mesmo os Aldee Spyder e Espron em um tira-teima contra os protótipos argentinos.
Está dada minha sugestão.
Fiquem com um vídeo de uma prova de GT 2000.
A Gold Classic, que se tornou uma atração à parte da tradicional prova Cascavel de Ouro, no Autódromo de... Cascavel (Dããã!), no ano passado, está começando a ganhar contornos próprios.
Como paulistas, mineiros, paranaenses e gaúchos estão muito na vibe de corridas com automóveis clássicos, uma prova de automobilismo clássico de abrangência nacional parece se tornar necessária, e a prova disso é a realização de DUAS Gold Classic, sendo a primeira em Interlagos no dia 7 de Setembro e a segunda como parte da Cascavel de Ouro, em Novembro.
A prova de Interlagos teve uma pole position surpreendente de um Willys Interlagos, pilotado por um piloto não menos clássico: Denísio Casarini, ex-piloto de motovelocidade, do alto de seus mais de 60 anos! Mas, a primeira das duas baterias não resultou muito bem para o pequeno esportivo baseado na Renault Alpine A-110. Por sua vez, a vitória coube ao Maverick de Leo Petry do Rio Grande do Sul, seguido de perto pelo Omega de Felipe Matos (Omega já é clássico?). Teve até mesmo uma participação Café-com-leite, de um Heve P6 da Equipe Hollywood, protótipo da Divisão 4, que entrou no meio da corrida, fez algumas voltas e voltou para os boxes depois da corrida, mas fez a alegria de olhos mais nostálgicos.
A coisa mudou de figura na segunda bateria, cujo grid é formado de acordo com o resultado da primeira bateria. O Willys Interlagos veio rasgando de lá do fim do grid, costurando entre os adversários, e o Puma de seu filho, Deninho Casarini, com uma bela pintura estilo Martini, seguindo na cola. E no final foi por quase, mas Roberto "Coruja" Amaral chegou em primeiro com seu Opala Stock Car, com Denísio Casarini em segundo a poucos décimos de segundo, e Deninho em terceiro. Pela soma dos resultados, Leo Petry, que chegou em quarto, acabou sendo o vencedor da Gold Classic Interlagos 2019.
A Gold Classic 2019 possui 8 categorias: Super Classic (Carros que participaram de competições no passado), Premium (Nada mais é que a Força Livre com pneus Slick), Força Livre (Vale tudo, mas com pneus radiais), Turismo Super (Motor até 2.0), Turismo Light (Motor até 1.6), Fusca Speed (Fuscas com o regulamento do Metropolitano de Londrina), Copa Fusca (Fuscas com o regulamento de Interlagos) e GT (Motor até 2.0, mas carroceria de dois lugares).
E em Novembro, teremos Gold Classic em Cascavel e Cascavel de Ouro!
Motocross, todo mundo conhece; autocross, já se ouviu falar em um lugar ou outro.
(Vale ressaltar que, nos EUA, o autocross é BEM DIFERENTE da Europa)
Rallycross é algo parecido, usa-se carros de rali (ou gaiolas) e pistas com solo misto, parte asfalto, parte terra. Já expliquei sobre autocross e rallycross na Europa (mais propriamente na Espanha) nesta postagem.
Mas, na França, pessoal parece não conhecer limites. Lá pessoal faz rallycross... DE CAMINHÃO!!!
É como se a malfadada Fórmula Sul fosse correr nas pistas de terra de Santa Catarina. Tem largada que, se alguns caminhões não frearem, a curva fica pequena demais e sai caminhão voando pra todo lado!
E olha só, uma ideia que eu havia pensado anos atrás foi posta em prática lá: MINI-TRUCKS!
Só vendo mesmo. Fique com o vídeo.
Já dizia Júlio César nos quadrinhos de Astérix: ESSES GAULESES SÃO LOUCOS!
Pensa numa Corrida Maluca. São 24 horas seguidas, de carros que nem deviam pôr as rodas num autódromo, guiados por pessoas que nunca correram profissionalmente, e quanto mais esquisito o carro, melhor. Só existem 3 categorias, e a prova é conhecida como "a corrida dos carros de 500 dólares", porque o preço total da aquisição e preparação do carro pra corrida não pode ultrapassar esse valor. Muitos desses carros parecem fugidos do ferro-velho. Vale qualquer carro, de qualquer ano, com qualquer motorização, quaisquer acessórios, e quaisquer penduricalhos. No vídeo acima, mostra-se um PORSCHE com motor de TRATOR (E escapamento com tampinha!).
O nome é um trocadilho com as "24 Horas de Le Mans", e o termo "Lemon Car", que é um carro (Geralmente novo ou seminovo) que começa a dar uma série de problemas que ameaçam sua valorização ou mesmo sua utilidade.
A corrida é a expressão máxima (ainda que distorcida) da filosofia Chinelão Caipira. Uma vez que, lá nos EUA, autódromos são mais comuns que campos de futebol, opções de lugar barato pra se acelerar não faltam. Pode-se dizer que essa prova (Que acontece em várias épocas por ano) é a versão automobilística da pelada com os amigos da firma.
Este é o site oficial. Lá, tem links para vídeos e outras inutilidades relativas à prova. E um PDF bastante útil sobre como deve ser montada uma barra de rolagem em um carro de corrida.
Mas, o "Lemonverso" não se restringe às 24 Horas de LeMons: Eles têm também: --O Lemons Rally, um rali de regularidade com os carros mais estranhos que se vê nas ruas; --O Concours de Lemons, uma zueira com o "Concours d'Elegance" de Peeble Beach, onde ficam expostos os carros mais estranhos e com as xunagens mais bizarras;
--O Hooptiecon, que engloba o Concours de Lemons, as 24 Horas de LeMons e alguns eventos paralelos que põem em xeque a hegemonia brasileira na zueira; --O AltThusiast, que é quase a mesma coisa que as 24 Horas de LeMons, mas com um detalhe: Os carros devem ser ELÉTRICOS. O mais bizarro é que o vencedor ganha 50 mil dólares... Mas EM MOEDINHAS DE CINCO CENTS!!! Ou seja, CINCO TONELADAS E MEIO de prêmio! UM MILHÃO DE MOEDINHAS!!!
As regras são estranhas, e algumas são inventadas na hora da corrida. E as penalidades são mais estranhas ainda. Muitas delas, também inventadas de última hora pelos organizadores.
A corrida ganhou filial na Nova Zelândia a partr de 2016, onde um carro deve ser adquirido e preparado com apenas 999 dólares neozelandeses. Já pensou uma loucura dessas no Brasil?
Resgatei este autódromo fictício feito para apresentar um TCC de Engenharia Civil na FURB (Universidade Regional de Blumenau), que contemplava a possibilidade de se implantar um "pequeno" autódromo em Florianópolis-SC.
Minha eterna gratidão ao Matheus Nolli, que foi quem fez a pista no RFactor para fazer o vídeo de apresentação e ao Yúri Horbatiuk Sedor por ter feito este TCC e desenhado a pista. Não conheço nenhum dos dois, mas ainda assim, sou grato.
Olha só como ficou a apresentação...
Esta pista me deu um grande estímulo para continuar lutando pelo autódromo de Penápolis. Eu peguei o vídeo, os designs da pista, a descrição da pista, e vou fazer uma apresentação para quem tem as manhas de construir uma empreitada dessa.
Sem oba-oba, eu espero.
O artigo em inglês da Wikipedia descreve o termo Bosozoku:
Bōsōzoku (暴走族, literalmente "Tribo saindo do controle (como de um veículo)")é uma subcultura japonesa associada com clubes e gangues de motos.
Então, carros estilo Bosozoku devem melhor ser descritos como os carros dirigidos pelas gangues japonesas. Isto é parcialmente verdadeiro, claro, mas muitas pessoas atualmente gostam do estilo Bosozoku também, mesmo que não sejam membros de uma gangue...
A parte "Zoku" na palavra indiga algo relativo a gangue (ou tribo). Muitas pessoas usam "Boso" como uma palavra para indicar esse estilo para não se referir como carros de gangue, mas o uso da palavra "Boso" não faria sentido: "Carros saindo do controle"?
Muitas pessoas também usam a designação Zokusha que é largamente usada no Japão. "Sha" significa "Carro", então traduz literalmente como "Carro de gangue" ou "Carro de tribo". Então, em outras palavras, "Zokusha" é a palavra que melhor descreve os carros no estilo Bosozoku.
O estilo Bosozoku é frequentemente referido por muitos nomes diferentes:
Shakotan
Yanky style
VIP style
Kyusha style
Grachan
Shakotan Exemplo do estilo Shakotan Shakotan literalmente significa "carro baixo", e é usado principalmente para indicar carros de passeio extremamente rebaixados com aerofólios e grandes ponteiras de escapamento. O mangá e anime Shakotan Boogie mostra dois irmãos dirigindo carros extremamente rebaixados. Um deles sendo um Toyota Soarer Z10, daí a popularidade desse carro em particular entre os fãs de Shakotan.
Este estilo é uma variante moderada do estilo Bosozoku.
Yanky Exemplo do estilo Yanky Durante os anos 70 e 80 na área de Osaka, a moda das ruas era vestir camisas e calças havaianas coloridas, e isso fez com que quem usasse tais peças fossem chamados de "Yankees". Muitos "bad boys" usavam a "moda havaiana" e daí o Bosozoku se tornou equivalente ao estilo Yankee. A escrita no alfabeto latino dessa palavra em japonês é com dois "i", daí virou "Yankii". E também um dos carros do mangá e anime "Shakotan Boogie" era um Nissan 240 S30Z azul (Depois pintado de amarelo) com paralamas alargados e a palavra "Yanky Mate!" en enormes letras brancas no capô. Pessoas que copiavam esse estilo chamaram-no "Estilo Yanky". Basicamente é o mesmo estilo do Shakotan com a exceção dos paralamas alargados, mas a maioria das pessoas chamam os carros de estilo moderado "Estilo Yanky" (Note o "Y" adotado por causa do carro do mangá)
VIP
O estilo VIP é mais ou menos um cruzamento entre Shakotan e carro de mafioso: Veículos de luxo extremamente rebaixados (Muita ostentação!) são recheados com o máximo de perfumarias possíveis e calçados com rodas de aros enormes. Algumas vezes, são muito próximos do estilo Bosozoku, uma versão "playboy" do Bosozoku, já que o estilo VIP tende a usar carros mais novos, enquanto o estilo Bosozoku usa carros mais antigos, da década de 70 ao começo da de 90.
Kyusha Exemplo do estilo Kyusha Kyusha literalmente significa "Carro clássico", o que em muitos casos significa que é um carro antigo modificado com alguns alargadores de paralamas (Pequenos), rebaixados e com belas rodas neles. Então, não deve ser o mesmo que o estilo Bosozoku.
Grachan Exemplo do estilo Grachan Grachan ou Gurachan vem dos Grand Championships no autódromo de Fuji. Os Bosozoku costumavam fazer grandes encontros nos estacionamentos desses eventos, daí o nome. Estes carros imitam o mesmo estilo de carroceria dos carros que corriam nos circuitos (Em especial o Grupo 5, ou "Super Silhouettes"), com grandes paralamas e spoilers, iguais aos usados pelos carros de competição da época. Então, este estilo deve ser parte do estilo Bosozoku.
Bosozoku Exemplo do estilo Bosozoku Então, nós concluímos com o estilo Bosozoku: Na minha opinião, o estilo Bosozoku se distingue de todos os estilos acima mencionados: É um estilo selvagem que mistura todos os estilos acima mencionados! Rebaixa o carro como o Shakotan, usa enormes paralamas como o Yanky e imita a carroceria selvagem dos Grachan, e de lambuja, como a cereja do bolo, adiciona o estilo insano de escapamento das motos Bosozoku! (Sim, esse troço amarelo saindo do capô é o ESCAPAMENTO!) Nota do Ondashiz:Eu vi um vídeo de uma reunião desses carros e a definição mais perfeita pra definir os carros Bosozoku é: CARRO DE BAIANO! Especialmente quando você confere o interior dos carros, todo cheio de traquitanas, bordados, franjas, veludo, um deles tinha até um MINI-LUSTRE! Não acredita? Então veja os carros neste vídeo, no qual um grupo de Bosozoku entra de penetra num encontro de playboys e seus carros caros!
Da Nova Zelândia, vem a surpresa.
Estava eu folheando uma versão em PDF de uma famosa revista de kit cars (Conto sobre isso depois...), vejo uma reportagem sobre um passeio de kit cars na Nova Zelândia, e a visita à Rodin Cars, que abriu sua pista de testes para os visitantes. Na foto, algo que lembrava um F1.
Claro, fui seco no site, e me deparei com esta surpresa: O FZed.
Impõe respeito!
O veículo é praticamente um Fórmula 1 (Mais propriamente, uma réplica do Lotus T125, cujo projeto foi vendido pela Lotus) com tudo a que se tem direito: Motorzão Cosworth 3.8 de 675 cv, câmbio automático, e lógico, muita fibra de carbono.
O original.
O veículo é interessante porque, ao contrário dos Fórmula 1 descomissionados, no qual se paga somas absurdas de dinheiro por peças que talvez nem existam mais, o FZed é um veículo de produção. ou seja, menos medo, mais vontade de acelerar. Se bater, tem peça pra consertar.
Não que o brinquedo seja barato: São 615 MIL FUCKING DÓLARES. Mas, vamos e venhamos, sai mais barato que muito Fórmula 1 à venda nos classificados de carros de corrida mundo afora.
Sem falar que o bicho é ajeitado!
Fique com um vídeo do piloto Greg Murphy testendo o FZed.
No Sudeste Asiático, região que corresponde aos países como Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Laos e correlatos que me falham à memória, a cultura dos dois-tempos ainda é forte. Tanto é que lá, as motos de quatro-tempos são restritas às maiores cilindradas. Enquanto aqui, pessoal mais jovem quer uma Ninja 300, lá, eles sonham com a Ninja 150RR, que acomoda 28 cv de potência, algo mais que a "nossa" Ninjinha quatro-tempos.
E não apenas motos leves esportivas, mas também as cubs e as motos fora-de-estrada são quase todas dois-tempos. As "quatro grandes" japonesas têm seus modelos dois-tempos produzidos no Sudeste Asiático, já com injeção eletrônica e catalisador, o que diminui um pouco da fumaça (E da potência).
Mas, como as motos são mais importantes para a locomoção que os carros, o esporte a motor de maior expressividade acaba sendo as competições de baixa cilindrada. Um evento chamado UMA Racing monta pistas improvisadas em estacionamentos ou parques asfaltados e o que não falta são corredores, na maioria das vezes, que nem têm idade pra dirigir uma dessas nas ruas.
E, como sempre, desligadão do mundo das competições, descubro que existe corridas de motovelocidade clássica, com ênfase nas categorias 250 e 350, para motos feitas de 1974 a 1990.
É a ICGP, International Classic Grand Prix que, ao contrário dos campeonatos de Fórmula 1 clássicos e da BOSS GP, têm sempre uma paradinha no Brasil (E uma bela participação de brasileiros, muitos deles já veteranos, outros, novatos que pilotam um foguetinho desses pela primeira vez).
A parada começou em 1999, sendo oficializada em 2003, e a primeira etapa brasileira, em 2016, foi em Goiânia (Onde ocorriam as provas de motovelocidade no Brasil), em 2017 não teve prova no Brasil, mas em 2018 já foi anunciado que a etapa brasileira será no "templo" da velocidade brasileira, Interlagos.
O fundador do evento foi um francês, Eric Saul, que tem um vice-campeonato de motovelocidade.
O ICGP é um campeonato internacional de motos de Grand Prix das
categorias 250 e 350 cm³ fabricadas entre janeiro de 1974 e dezembro de
1984. Sua primeira prova foi realizada em 1999 no circuito de Paul
Ricard, na França. O criador do campeonato é o francês Eric Saul,
vencedor de dois GPs das categorias 250 e 350 em 1981 e 1982 e também
participante do ICGP.
Cerca de 40 motos alinham
em cada corrida, havendo classificação e pontuação em separado para
quatro categorias (350 cm³, 250 cm³, YC 250 e Master). As Yamaha TZ
predominam, mas têm forte concorrência das Kawasaki KR, Chevallier,
Rotax, Bimota, Exactweld, Egli, Harris e Spondon.
Entre os pilotos mais
conhecidos do ICGP estão o próprio Eric Saul (vencedor de dois GPs do
Mundial de Motovelocidade nas categorias 250 cm³ e 350 cm³, em 1981 e
1982); o francês Guy Bertin, vice-campeão mundial da categoria 125 cm³
em 1980 e vencedor das 24 Horas de Bol d’Or (1983) e Le Mans (1985); e o
escocês Ian Simpson (três vezes vencedor do Tourist Trophy na Ilha de
Man). Os campeões do ICGP em 2015 foram George Hogton-Rusling (Yamaha
TZ, categoria 350 cm³), Colin Sleigh (Yamaha TZ, categoria 250 cm³) e
Guy Bertin (Kawasaki KR, categoria Master).
OK, as 500 devem ser muito caras de se adicionar, mas acho que se adicionasse as 125, ficaria ainda mais massa.
Para quem acha que os motores dois-tempos estão restritos a mobiletes, bicicletas motorizadas e karts, tenho uma velha novidade. Flávio Gomes já está ciente disso desde o ano passado.
Nos EUA, há uma equipe de protótipos dos grupos C e D da SCCA, que possui três carros, todos equipados com motores especiais de dois-tempos, seis cilindros boxer, da marca canadense Kohler.
A equipe Wynnfurst não faz feio, e o protótipo mais novo, o P1, que é da década de 2000 (Os outros dois da equipe são Lolas da dácada de 70), desenvolve 280 cv a 10500 rpm em um motor de um litro e meio. Praticamente, um motor de moto. E olha, não fazem feio.
O motor é bem simplão, praticamente um protótipo que estava sendo desenvolvido para drones do Exército Americano. Jeff Miller, em visita à fábrica, notou o potencial de tais motores, e perguntou se poderia usá-los em carros de corrida. Desafio aceito, foi a vez de chamar Carl Haas para adaptar os carrinhos ao novo motor.
Mas, como explicar, se imagens explicam melhor que palavras? Seguem fotos!
O motor boxer, seis cilindros e dois tempos. Parece até um Lego!
E navegando pelo Youtube, dou de cara com outro Bianco que recebeu uma mecânica "de gente", dessa vez, um V8 4.0 (Não especifica a marca, mas pelo visto, deve ser Audi).
O carro parece que não tem tido muito investimento na suspensão, pois o dono diz que é muito instável, gerando até uma brincadeira:
--Quanto vai de 0 a 100?
--De 0 a 100 eu não sei, mas de 0 até se mijar nas calças é bem pouco tempo!
Olha, com certeza, acontece muita coisa. E tem muita coisa criativa.
Vamos tomar Franca, por exemplo, que possui o autódromo Speed Park que muita gente ainda pensa que é um kartódromo grande.
Por exemplo, desde 2011 existe uma corrida bastante inusitada chamada "Pé na Tábua", que envolve carros com mais de 80 anos. Calhambeques, mesmo! E, recentemente, passou a incluir um evento chamado TT: Tira-Teima com motos históricas! O que começou como uma piada, virou atração. O Tira-Teima, desde 2014, passou a ser no kartódromo de Barra Bonita, onde costumam-se ter corridas de RD 135, mas a Corrida de Calhambeques ainda é em Franca.
As RD 135 também correm em Franca, onde têm mais espaço do que numa pista de kart. E há uma categoria regional que corre em Franca, chamada "Fórmula 1000", com carros de turismo de motores de 1000 cc.
As RDzinhas arrepiando
Os "Milocas" também sabem correr!
Também tem campeonato de som, Track Days e arrancada (201 m).
E agora também tem Drag-Bike (Arrancada com motos).
E, conforme a criatividade dos administradores de um Club Track, provas e eventos muito interessantes podem ocorrer, por exemplo, o Racha Noturno...
Ou campeonato de drift...
Sem falar nas provas de kart. Ou seja, acontece MUITA COISA em um "Club Track".