quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Com "Sangue, Suor e Lágrimas", as Mil Milhas ressurgem!


A promotora com o troféu do vencedor das Mil Milhas 2020
A promotora Elione Queiroz disse que iria resgatar a prova de longa duração e cumpriu a palavra; pena que apenas 40 pilotos acreditaram nela
Por Américo Teixeira Junior – Fotos Cláudio Kolodziej
(Pirateado de Diário Motorsport)



A merecida festa de pilotos que participaram não apenas de uma prova, mas do resgate de uma tradição

Com o tempo de 11h01min00s312, completado na somatória de 360 voltas pelos 4.309m do Autódromo Municipal José Carlos Pace, o Ginetta G55 #16 venceu neste domingo, 16, a prova Mil Milhas do Brasil 2020, que sob nova direção voltou a ser disputada após 12 anos. Os pilotos Ésio Vichiese, Renan Guerra e Stuart Turvey fecharam a maratona com cinco voltas de vantagem para Flávio Abrunhoza, Leandro Ferrari, Marcelo Brizac e Renato Braga, que levaram o Mercedes AMG #20 ao 2º posto. Todos eles fizeram parte de um grupo formado por 40 pilotos, que se dividiram por 12 carros inscritos de sete categorias diferentes.
Se analisado unicamente pela crueza dos números, o evento não reuniu condições para ser classificado como um grande sucesso. Mas seria miopia vê-lo apenas por esse aspecto. A Mil Milhas do Brasil 2020 revelou que é possível, sim, assumir desafios no automobilismo brasileiro, assim como entregar o prometido. Nesse sentido, Elione Queiroz fez sua essa árdua tarefa e deixou muitos impressionados, pois não esperavam que, por trás do sorriso fácil da goiana, estaria uma promotora de primeira linha, empreendedora e corajosa.
A largada tradicional à noite.

Faltaram os pilotos

Há de se fazer um Raio-X do automobilismo atual para tentar entender onde estavam os pilotos. Muito dos quais, convenhamos, lamentaram por anos e com razão, a ausência da Mil Milhas no calendário festivo da cidade de São Paulo. Entretanto, quantos carros não poderiam ter alinhado no grid sob as estrelas da meia noite? Onde estariam as equipes que, nos regionais, realizam um trabalho que só faz celebrar o espírito da Mil Milhas? Onde estariam aqueles que se comprometeram, mas não apareceram?
Mas se o motivo foi a desconfiança, o receio de estar diante de mais um a prometer e não entregar, vai aqui uma boa notícia. A parceria firmada entre a promotora, a Federação de Automobilismo de São Paulo e a prefeitura da cidade é por cinco anos. E já há data para a Mil Milhas do Brasil 2021: 25 de janeiro. Ousaria até dizer que essa segunda edição da nova era da Mil Milhas já tem o apoio quem esteve em Interlagos, dentro e fora da pista, privilegiadamente testemunhando um renascer que promete ser duradouro.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Limonada (Ou: Transformando crise em oportunidade)

Acho que pessoal ainda se lembra de uma treta que deu, de uns advogados representando as marcas premium Ferrari e Lamborghini processando os fabricantes de réplicas, acusando-os de vender "carros falsificados". A PF entrou com tudo, vários veículos foram apreendidos, e o sonho de se obter uma réplica de carro esportivo ficou bem mais distante para os que poderiam pagar.
A mídia esculachou os fabricantes das réplicas, chamando-os de falsificadores, como se os compradores não soubessem que estavam comprando réplicas. Teve dono de oficina que desistiu do negócio. outros seguem como se não fossem com eles.
Mas alguns resolveram resgatar o espírito dos Anos 80, da áurea época dos Fora de Série, e resolveram entrar com projetos de fabricar carros com marca e desenho próprios.
Mas não quaisquer carros... Mas sim, superesportivos!
Dois ex-fabricantes de réplicas, até onde eu sei, resolveram fazer dos limões uma limonada, ou seja, em vez de réplicas de Ferrari e Lamborgjini com motores Audi, Mercedes ou BMW, estão apostando em carros de desenho próprio com esses mesmos motores.

Um deles é o André Calegari, da Calegari Design. Ele já tinha feito um modelo Barchetta com motor dianteiro em 2016, mas depois da treta resolveu fabricar outro modelo, o Calegari 2.

O carro quase completo, só faltando o acabamento interno e o parabrisa.

Não só isso, ele tem outro modelo, Calegari 3, que parece um Stock Car. E ainda por cima, André recebeu um exemplar do carro de Denis Rosset, inacabado, e a autorização dele para produzir o DoniRosset, aquele colosso com motor Viper V10 biturbo a etanol com mais de 1000 cv, e que agora se chamará Calegari 4.

Este é o futuro Calegari 4. 

Outro montador que resolveu partir pro design próprio é o Serafim Cley. Ele também, foi bastante prejudicado pela onda de ataques dos "representantes" da Ferrari e da Lamborghini, além da mídia escandalosa. O carro dele, chamado GTY, está em fase inicial de projeto, já tem o design pronto pra tirar o molde, e quem viu o conceito se impressionou.

Tem bastante inspiração na Lamborghini.

Então é capaz de esse carro começar a fazer seu primeirto teste lá pelo meio do ano. O modelo em 3D impressiona.

Se eu achar outros carros sendo fabricados, eu postarei mais adiante.