quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O que acontece em um "Club Track"?

Olha, com certeza, acontece muita coisa. E tem muita coisa criativa.

Vamos tomar Franca, por exemplo, que possui o autódromo Speed Park que muita gente ainda pensa que é um kartódromo grande.



Por exemplo, desde 2011 existe uma corrida bastante inusitada chamada "Pé na Tábua", que envolve carros com mais de 80 anos. Calhambeques, mesmo! E, recentemente, passou a incluir um evento chamado TT: Tira-Teima com motos históricas! O que começou como uma piada, virou atração. O Tira-Teima, desde 2014, passou a ser no kartódromo de Barra Bonita, onde costumam-se ter corridas de RD 135, mas a Corrida de Calhambeques ainda é em Franca.



As RD 135 também correm em Franca, onde têm mais espaço do que numa pista de kart. E há uma categoria regional que corre em Franca, chamada "Fórmula 1000", com carros de turismo de motores de 1000 cc.

As RDzinhas arrepiando

Os "Milocas" também sabem correr!

Também tem campeonato de som, Track Days e arrancada (201 m).



E agora também tem Drag-Bike (Arrancada com motos).



E, conforme a criatividade dos administradores de um Club Track, provas e eventos muito interessantes podem ocorrer, por exemplo, o Racha Noturno...


 Ou campeonato de drift...


Sem falar nas provas de kart. Ou seja, acontece MUITA COISA em um "Club Track".

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Matando a charada do GT1 Centro-americano


Desde que eu tinha visto os carros da categoria GT1 do Centro-americano de Automobilismo, eu tava encucado. Geralmente, pessoal da América Central não tem tecnologia para conceber carros desse tipo e com essa potência! Como eles poderiam ter carros assim?

Daí, enquanto eu estava dando uma bizolhada na SCCA, dou de cara com uma categoria chamada GT1, com o mesmo feitio e a mesma faixa de potência.
E a descrição sobre a categoria GT1 da SCCA é a seguinte:

"Several of the current front running cars in GT-1 are last year's Trans-Am cars, and many of these GT-1 drivers compete in select Trans-Am events throughout the season. "

Tá aí! Eles importam os carros dos EUA, de uma série chamada Trans-Am ou de sua equivalente amadora da SCCA, que também se chama GT1! É como se os paraguaios comprassem carros das temporadas passadas da Stock Car do Brasil e lançassem tal categoria por lá!

Acima, um Corvette da categoria GT1 da SCCA, abaixo, outro Corvette, da categoria GT1 do Centro-Americano de Automobilismo. Praticamente o mesmo carro, fora detalhes aerodinâmicos.

É bem cômodo para eles, os carros já estão prontos, não são muito caros (Pode-se comprar os itens separadamente e ir montando) e como os EUA são "logo ali", a reposição de peças não é um bicho de sete cabeças.

Mas eles não usam apenas os Trans-Am, a categoria GT1 centro-americana também lança mão de Porsches, e entre 2008 e 2010, um carro ganhou destaque por usar um motor 2.0 turbo contra os V8 (E dar canseira neles!), mas o que me chamou a atenção foi outra coisa:



Este "Nissan Tiida" não te lembra... Certos carros que correm pras bandas de cá?


sábado, 26 de agosto de 2017

Circuitos de Rua Obscuros do Brasil - Circuito da Cavalhada

Este circuito não é nem um pouco "obscuro", muito pelo contrário, foi um dos circuitos de rua mais famoso da "Era Prè-Tarumã" no Rio Grande do Sul. Assim como o famoso Circuito da Gávea, no Rio de Janeiro, ele era comprido e tinha vários tipos de solo.

A seguir, informações do blog Carros e Corridas em Fatos e Fotos, que traz também fotos e detalhes da última prova no circuito, em 1968

Localizava-se entre os bairros de Cavalhada e Vila Nova da cidade de Porto Alegre. Foi utilizado pela primeira vez em 1958, numa prova pelo campeonato gaúcho. Seus 6,492 km de extensão tinham terra seca, brita, saibro e paralelepípedo. O sucesso da prova anual foi grande até 1963. Após quatro anos de interrupção a prova no circuito da Cavalhada-Vila Nova voltou em 1968 com a disputa das 12 Horas de Porto Alegre, nos dias 21 e 22 de dezembro. A largada era na Avenida Cavalhada, esquina com a Otto Niemeyer em direção  da Rua João Salomoni. Após a largada, contornava-se um “S” em alta velocidade até a    curva do Posto Ipiranga. Daí até a Igreja da Vila Nova (já na Salomoni), percorria-se  curvas suaves em descida constante. Próximo à igreja, um outro “S” muito veloz e em seguida    forte redução de marcha para contornar a esquerda (onde fica a igreja) a quase 90º. Sai-se    de lá com “pé no fundo” já na Avenida Vicente Monteggia em subida. Curva à direita e depois, quase um quilômetro em subida pela Monteggia para entrar numa descida, onde se alcançava a maior velocidade do circuito, durante uns 600 metros. Duas curvas  longas –  uma à esquerda e outra à direita- antecediam a famosa e perigosa Curva da Padaria – a mais fechada do circuito- com praticamente 90º também (mas, bem mais estreita que a curva da igreja) onde os carros saíam a menos de 60 km/h. Daí era só alegria na  descida  da  Cavalhada até o Posto Atlantic –diante de uma curva em meia-lua- feita a 100 km/h, para tomar a reta de quase 400 metros até a linha de chegada.
Em 1963 o veterano Breno Fornari, com seu Simca n°35, estabelecera o recorde da volta em 3’31”82 a uma média de 110,337 km/h.
Já em 1968, Pace não participou da última etapa do campeonato brasileiro de 1968. Na tradicional premiação anual da época - Prêmio Victor – o campeão brasileiro Luiz Pereira Bueno ganhou como o melhor piloto do ano. Outros destaques na premiação foram Pace -melhor piloto de protótipos de 1968, Emerson Fittipaldi - o melhor da F6rmula-Vê- e Alex Dias Ribeiro -"Piloto Revelação de 1968".


Segue foto do circuito via satélite, pra dar uma dimensão do tamanho da bagaça:





quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Sim, o Brasil já teve sua "Fórmula Can-Am"...

Depois que os militares proibiram as importações de veículos, na vã tentativa de se erguer uma indústria nacional (Ahã, IBAP que o diga, né?), os automobilistas brasileiros começaram por buscar soluções caseiras para compensar a impossibilidade de se importar Porsches, GT40s e Lolas.

Nascia, assim, a Divisão 4. E muitos talentos mecânicos acabariam se revelando.

Muito prazer, Divisão 4.

Não é promessa, mas eu vou tentar abordar cada fabricante de esporte-protótipo nacional daquelas épocas, então espere muita matéria pirateada de outros blogs e sites por aí.

A Divisão 4 começou como uma verdadeira "Força Livre", valia de tudo. E, lógico, não deu muito certo. Afinal, quem tinha um "Vê Oitão" da Ford ou da Chrysler ou um "Seis-Canecos" da Chevrolet tinha óbvia vantagem sobre quem tinha um motor Volkswagen, por exemplo. Daí, a categoria foi dividida em "A" e "B", uma para motores até dois litros, e outra para motores acima de dois litros. Teve um começo fenomenal, com patrocínio da Caixa (Se não me engano), mas aí, dois anos depois, a Caixa foi patrocinar os pilotos que corriam na Fórmula 1 e era muita categoria pra pouca grana. Resultado, os Divisão 4 perderam o patrocínio oficial, e os carros começaram a minguar, até que a categoria finalmente foi extinta.

Uma dica de cinema para quem quer ver a Divisão 4 em ação, é o filme "Roberto Carlos a 300 Quilômetros por hora. A historinha é meio piegas, mas pode-se ver muitos ícones automotivos da época. O personagem de Roberto Carlos, inclusive, pilota um Avallone-Chrysler A11 na corrida que é o clímax do filme. Dá pra se ver até o Fúria.

Esporte-protótipos só iriam reaparecer em 1993, com um Avallone-Chrysler que, com certeza, chamou a atenção, apesar de não ter tido um bom resultado. Isso despertou a curiosidade a respeito dos carros-esporte. No Ceará, surgiu o Próton, que foi adotado por ninguém menos que Nelson Piquet com motor BMW 2.0 e virou o Espron.

O Próton, antes de virar Espron. Tinha motor e câmbio de Fusca.

O Espron. Motor BMW, mas o câmbio ainda era de Fusca.

Foi a coqueluche. Outros fabricantes de protótipos surgiam.  Almir Donato, que havia transformado seu fora-de-série Aldee GT em um silhouette, criou o Aldee Spyder, talvez o esporte-protótipo mais famoso (E vendido) feito no Brasil. Zeca Giaffone (Me corrijam se eu estiver errado) foi além e colocou um motor Chevrolet V8 de Stock Car em um esporte-protótipo mais "encorpado", fazendo surgir o ZF 01. E muitos outros se seguiram: AS-Vectra, Tango, Tubarão, DIMEP... Até que surgiu a MetalMoro e resolveu fazer um carro-esporte padrão internacional. Tanto é que o construtor do carro foi trabalhar no Reino Unido, onde concebeu o MCR 2000, principal concorrente do Radical em matéria de baixa cilindrada. Mas a MetalMoro tem seu carro de alta cilindrada também, o mais atual é o MR18, que praticamente domina as corridas de Endurance no sul do Brasil .

Com motor Hayabusa V8 3.0 e 480 cv, o MR18 é o bicho-papão das pistas!

E o Ceará voltou a produzir seus esporte-protótipos, colocando no mercado o Spirit, feito sobre a base do Fórmula V 1.8, e correndo até em São Paulo (Como não têm ainda número suficiente para criar uma categoria própria, vão correndo na Força Livre)

A aposta do Spirit está no baixo custo.

Houveram tentativas falhas, também, como a malfadada Brascar, mas isso é assunto pra outros posts.
Ah, sim, por que "Fórmula Can-Am"?
Por causa disto:

Muito prazer, Fórmula Can-Am (Que, como o nome deve entregar, corria no CANadá e nos Estados Unidos da AMérica).

sábado, 19 de agosto de 2017

[POSSANTE VIRTUAL] AI, minha consciência...!

Mandei um e-mail para o Tito Tilp a respeito das conversões dos Divisão 3 para RFactor.
Queria uma resposta clara e objetiva. Do por quê aquilo tudo se perdeu.

Eis a resposta:

...oi.
durante a época das tempestades de 2016, nossa casinha acabou indo abaixo, com tudo o que tinha dentro.
a enxurrada levou tudo, incluisive o meu pequeno estudio, e todo o equipamento.
apesar de ter backup de grande parte dos arquivos, muita coisa foi perdida.
todos os projetos estão parados, porque, no momento, não tenho nenhum computador disponivel, nem previsão de quando vou conseguir repor parte do meu equipamento.
para piorar, estou sem trabalho.
com a ajuda de uma galerinha , estou concentrado em construir um novo abrigo, para minha mãe e eu.
por enquanto, estamos "acampados" na garagem da casa de um irmão.

os projetos serão retomados tão logo seja possível, depois de estarmos instalados.
 
obrigado por seu interesse.
 
abç.
 
tito
 
Pensa numa consciência pesada...

Sem mais.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

[POSSANTE VIRTUAL] Três conversões e um bebê

Tive acesso a uma pequena ferramenta que permite desfazer aquelas criptografias chatas da Reiza, e converti três mods que originalmente eram para Game Stock Car Extreme/Game Fórmula Truck.

Sprint Race

Fórmula Truck Retrô

E, last but not lrast... Copa Montana!

Já o "Bebê" é um mod exclusivo de um site de AV, que com certeza seria perdido, não fosse pelo desprendimento co caríssimo João Gilberto, que participou do campeonato. É um mod de corrida de camionetes, com a Chevrolet Montana (Não a "stock", a de rua mesmo!), a Volkswagen Saveiro e a Peugeot Hoggar
O único porém é que o mod é para Race07, um primo distante do GTR2. E até agora, não achei sequer um tutorial decente para conversão....
Mas tá salvo do esquecimento, isso é o que importa!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

[POSSANTE VIRTUAL][RFactor] Mod "Divisão 3", sabe quando? NUNCA!!!

Geralmente não sou de me revoltar tão fácil com coisas do mundo virtual, como games, e tal.

Mas pra tudo tem um limite, especialmente quando se trata de História do Automobilismo Brasileiro.

Houve uns anos atrás um tal de "Projeto Pinico Atômico", cuja bola foi levantada por vários blogueiros que gostam de automobilismo. A ideia era juntar o máximo de informação possível a respeito dos Pinicos Atômicos, como eram conhecidos os Fuscas de Divisão 3 na época. Beleza, juntaram bastante informação, e o Tito Tilp, que mexe com RFactor, resolveu soltar uns "teasers" pra animar a galera que gosta de automobilismo histórico e automobilismo virtual.


E não eram só fuquetas, não, também tinha Fiats.

Mas OK, continuemos no cerne do tópico. Comecei a seguir o blog do Tito, esperando pela bendita hora em que o mod Divisão 3 fosse liberado.... Foi assim por meses. Por pouco mais de um ano. Na verdade, o mod estava prometido fazia bem mais tempo, e nada.

Até que no vídeo com uma demonstração dos Divisão 3 (Acima), alguém pergunta, e eis a resposta do youtuber streettracks, quem postou o vídeo:

... infelizmente, era um mod "privado", e foi completamente perdido.

Um. Mod. Privado. Completamente. Perdido.
Sabe qual é a sensação que me dá? De que o pessoal pensa assim:

"Cara, me enchi disso, eu vou apagar meus meses de trabalho e dedicação porque não quero que o pessoal fora da minha panelinha jogue com a minha obra-prima nos computadores deles" - ESSA é a impressão.

Fica aqui a minha revolta, indignação, tristeza, estupefacção, frustração e outros (maus) sentimentos indescritíveis. Faltam palavras, sério.

Primeiro, porque o mod fazia parte do projeto.
Segundo, porque o projeto visava PRESERVAR a memória dos lendários corredores da Divisão 3. Logo, torná-lo privado era ilógico, e perdê-lo, MAIS ILÓGICO AINDA!
É tipo, um arqueólogo que, ao ver um vaso de cerâmica da Grécia Antiga, fizesse uma réplica dele visando dar acesso àquela cultura a todos, e resolvesse manter a réplica para si e depois jogar o vaso num triturador.

Fica aqui, também, a minha recomendação para os modders de simuladores de corrida:

NÃO SEJAM MISERÁVEIS!
Compartilhem seus trabalhos, vocês também serão beneficiados com isso!
Egoísmo é ruim. "Panelismo" é egoísmo de uma rodinha de amigos, e também é ruim.
Publiquem seus mods privados. Não sejam mesquinhos, não sejam miseráveis.

Nem todo mundo que gosta de automobilismo gosta de slot car, fica a dica

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Circuitos de Rua obscuros do Brasil

Quando brasileiro quer correr, ele entra numa federação ou liga ou clube, se encaixa em uma das categorias disponíveis, gasta um tutu básico para preparação (E mesmo aquisição) da máquina, e vai para um autódromo, certo?

Quase.

Quando não há autódromos disponíveis, e é interessante levar o esporte a motor para uma certa localidade, o que é de praxe se fazer?

Um circuito de rua.

Muitos se tornam tão conhecidos que acabam virando atração turística (É o caso de Mônaco, por exemplo), outros são montados temporariamente apenas para um evento específico e depois, desaparece como se nunca tivesse existido (Caso do circuito de rua do Anhembi para a Fórmula Indy, por exemplo).

No Brasil, circuitos de rua eram uma tradição nos tempos das antigas, tínhamos o famoso Circuito da Gávea, conhecido como "Trampolim do Diabo" dada a sua periculosidade, e diversos circuitos montados em diversas cidades ao longo dos anos. Atualmente, os dois circuitos de rua em atividade no Brasil fazem parte do calendário da Stock Car: Salvador-BA e Ribeirão Preto-SP. Mas já tivemos uma baita pista na Via Expressa Sul, em Florianópolis-SC, e outra na Enseada do Suá, em Vitória-ES, conhecida como a "Mônaco Brasileira". Nessas duas pistas citadas, corriam até os Fórmula 3.

Com o advento das Ligas Independentes, essas iniciativas podem voltar a surgir.

Quando Geraldo Backer ainda estava vivo, a Fórmula BKR tinha, em sua categoria de turismo (BKR Sport), corridas no autódromo que então se chamava Mestre Álvaro (Serra-ES), no circuito de rua da Enseada do Suá, e vez por outra uma prova em um circuito de rua improvisado em alguma parte do Espírito Santo. Estarei pesquisando esses circuitos de rua misteriosos e desconhecidos e, se eu conseguir, postarei seus traçados aqui.

Com a ajuda de um vídeo e do Google Maps, tendo a Pousada Quebra-Mar como ponto de referência, encontrei o circuito de rua que foi feito na cidade de Conceição da Barra. Como é uma cidade litorânea, propensa ao turismo, pareceria óbvio que montar um circuito ali seria boa ideia.

Eis o traçado. A  curiosidade fica por conta da área de pits, que ficava numa rua adjacente. Uma prova de que QUALQUER cidade pode sediar uma prova de automobilismo de baixo custo.
.E segue aqui um vídeo (Bem malfeito, perdoe a sinceridade!) de uma prova da BKR Sport nesse mesmo circuito!

Boa Notícia: Curitiba não vai mais fechar!

Como sempre, mais uma notícia que estou dando atrasado. Acho que vou inaugurar uma nova seção no meu Blog, "Barrichello News"! xD

Depois de uma óbvia repercussão negativa por parte da opinião pública, o Autódromo Internacional de Curitiba (Localizado na cidade vizinha de São José dos Pinhais-PR) não vai mais ser fechado, para alívio do pessoal que sobrevive do esporte a motor naquela região.

Os defensores do condomínio até disseram que o traçado seria preservado, para fins históricos e corridas particulares, mas a história não colou.

Esporte a Motor 1, Especulação Imobiliária 0!

Abaixo, a notícia na íntegra (Fonte: Gazeta do Povo)

Direção muda de ideia e desiste de fechar Autódromo Internacional de Curitiba

 Após uma reviravolta, o Autódromo Internacional de Curitiba (AIC), em Pinhais, não será mais fechado no final de 2016. Pelo contrário, o local continuará recebendo corridas por tempo indeterminado. Para alívio dos fãs de automobilismo. 

O circuito inaugurado em 1967 estava com os dias contados: a direção do AIC havia confirmado oficialmente no início do ano que a área seria transformada em um empreendimento imobiliário misto, com condomínio residencial e escritórios. A pista, por sua vez, seria mantida apenas como ‘recordação histórica’, para utilização em eventos privados.
Para a felicidade dos amantes das corridas, este cenário mudou radicalmente. “Em função das boas perspectivas de futuro, vamos manter o autódromo por tempo indeterminado”, confirma Jauneval de Oms, o Peteco, presidente da AIC. Peteco revela apenas que a transformação do lugar em um empreendimento imobiliário se ‘tornou inviável’.
“É uma notícia importante para o estado do Paraná e para o automobilismo brasileiro. São poucos os autódromos que existem hoje no país e muitos estão prestes a fechar. Hoje já existem uma comunidade independente de equipes, pilotos e negócios satélites no Paraná”, prossegue.
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Ainda em novembro de 2015, surgiu a informação de que o AIC estava prestes a fechar. Em janeiro de 2016, a direção do autódromo oficializou o fechamento. Inicialmente, a data para o fim das atividades automobilísticas do local foi marcada para junho de 2016. Em seguida, a direção do autódromo confirmou o adiamento do prazo para dezembro.
Em março deste ano, o AIC recebeu uma das etapas da temporada 2016 de Stock Car, na que seria a corrida de despedida da categoria na tradicional pista.

Reações negativas

O possível fechamento do autódromo gerou reações negativas no mundo automobilístico. Frequentador assíduo do AIC desde a década de 1970, o jornalista Reginaldo Leme, da Rede Globo, revelou tristeza com o episódio. “É o lugar que me sinto mais em casa. Veja bem, mais até do que em Interlagos, onde vou há mais tempo”, lamentou, em fevereiro deste ano.
Já o piloto curitibano Raul Boesel, que dá nome ao circuito, disse estar chocado. “A gente não quer acreditar. É uma grande surpresa em ao mesmo tempo um grande desapontamento”, desabafou.
O até então iminente fechamento também havia sido criticado por pilotos paranaenses. “Para construir estádios para times medíocres, em lugares que não existe sequer público, gastam bilhões. Para conservar um autódromo em um local onde gera atenção e receita, aí não tem dinheiro”, disparou Gabriel Casagrande, que nasceu em Francisco Beltrão.
“É triste porque estão acabando os autódromos. Os governos não têm projetos para futuras pistas. Estamos perdendo uma por ano, o que não incentiva o esporte, não forma pilotos e vamos acabar ficando escassos de talentos”, reforçou o toledense Ricardo Sperafico.

 

As novas placas do Mercosul já estão em vigor!

Com exceção do Brasil, naturalmente atrasado e meio avesso a mudanças, os carros zero-quilômetro dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela) estão emplacando seus carros com uma placa-padrão, estilo europeu.

A numeração das placas muda com o país, sendo a mudança mais radical acontecendo com as placas da Argentina e do Brasil. As placas do Uruguai praticamente não mudaram, assim como as da Venezuela, e as do Paraguai acresceram uma letra a mais.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O MIMIMI da FASP com as Ligas Independentes

O que parece ser, a princípio, uma boa ideia para resgatar o automobilismo de raiz, que foi fundamental para a formação das lendas do volante que nós tivemos, parece estar mexendo com os brios da maior federação de automobilismo do Brasil, a FASP.

Isso porque A SP Turis, administradora so Autódromo de Interlagos, autorizou o uso do espaço para um campeonato que está sendo organizado por uma das ligas independentes, a Liga Desportiva de Automobilismo.

Por décadas, o automobilismo paulista tem se restringido a Interlagos ou às provas de velocidade na Terra, e o asfalto interlacustre tem sido cada vez menos e menos acessível, dadas as demandas da FASP, cada vez mais exigentes. As ligas independentes surgiram justamente para driblar esse imbróglio. E, com dois autódromos curtos - ECPA, em Piracicaba, e Speed Park, em Franca - o automobilismo paulista de raiz não precisaria ser mais dependente de Interlagos. Mas era Interlagos que as ligas queriam, e foi Interlagos que a SP Turis, administradora de Interlagos, cedeu na forma de um Termo de Ajuste de Conduta.

Quem não gostou nada disso foi a FASP, que rapidamente soltou um comunicado-prensa, ameaçando os pilotos filiados que ousassem participar desse "evento pirata"(sic).
Segundo a própria FASP, a única Liga Independente que ela reconhece é a Liga Paulista de Automobilismo, responsável pelas provas de kart da Granja Viana, e algumas provas (Em especial de arrancada) no circuito da ECPA em Piracicaba.
Claro, ECPA não é Interlagos...
E a LDA não deixou por menos, rebatendo os argumentos da FASP em um comunicado próprio.
Só meus dois centavos: Já houveram, pelo menos duas outras tentativas de se criar ligas independentes de automobilismo. Uma delas foi a LIA de ninguém menos que Nelson Piquet. Tinha ESPRON, tinha Fórmula Petrobras e, lógico, tinha juras de morte da CBA. A LIA se foi, e o Piquet foi rastrear caminhão via satélite, e ganhou rios de grana com isso. Outra delas foi a LIVRE Brasil, também querendo preencher lacunas que a CBA não queria ver preenchidas, mas aí o caso deve ter sido falta de confiança dos pilotos e equipes. O site ainda está lá, mas a única prova agendada é a 1ª Etapa da Copa Oeste de Veloterra de 2015 - Repetida quatro vezes. Mas, em ambos os casos, foi uma tentativa de questionar o poder da CBA. Agora, estão fazendo mais na maciota, tentando ganhar a simpatia da CBA para corridas a nível regional para - Quem sabe um dia? - Darem o bote fatal.
O curioso é que as duas empresas ainda constam como ativas. Foi mal, Piquet, mas não achei o logotipo da LIA, então eu improvisei um. xD

domingo, 6 de agosto de 2017

Força Livre: A categoria paulista que mistura tudo!

Acho que eu já falei da Força Livre uma vez, mas já faz um tempinho. Então, vamos atualizar com os dados que eu juntei da FASP.

No regulamento da FASP, a Força Livre é, digamos, generosa. ONDE MAIS você pode acompanhar os saudosos GT3 no pega com os Stock V8?
(Sim eu fiz uma mistura de mods com essas duas categorias no RFactor)

A Força Livre paulista é dividida nas seguintes categorias: Protótipo 1 (Na qual também podem participar os GT), Protótipo 2, Protótipo 3, GT, Stock V8, Stock 6 cilindros, Turismo V8, Turismo 6 cilindros e turismo 4 cilindros.

Ou seja, os Stock de segunda mão, os Omegas que continuam na labuta, e os glamourosos GTs que um dia provaram que o automobilismo brasileiro pode sim, se comparar aos de fora, estão aí, escondidos na Força Livre.

Ou ao menos eram pra estar, já que nas últimas corridas tem havido uma predominância de protótipos, segundo os formulários.

Será que as Ligas Independentes poderão quebrar esse paradigma?

Falarei delas, e do mimimi da FASP, posteriormente.

Mas eu sei que vocês querem ver IBAGENS, então toma!









sexta-feira, 4 de agosto de 2017

[POSSANTE VIRTUAL] Meu PRIMEIRO MOD!

Tá, tá, não é tãããão "MEU", mas eu tô eufórico! Eu fiz minha primeira modificação de um mod já existente!

A parada é a seguinte, eu tava atrás de um carro chamado Toyota 2000 GT, e nada de achar o bendito do carrinho. Esse carrinho ficou famoso nas mãos do James Bond, e tinha um visual bastante comum à época, a famosa "berlineta".

Eu estou fazendo um ajuntadão de mods só com carros esportivos das décadas de 60 e 70 com cilindrada máxima de 2 litros (Entrou até Porsche 911 dos anos 70 - Naquela época, ele TINHA 2 litros), e nada de achar esse bendito do Toyota, até que um argentino lançou um mod chamado "Cars of the Century", bem em alpha, só tendo os modelos, sem som. E lá tava o benditinho, mas com apenas três pinturas de rua.

Daí, pra minha sorte, um inglês que não joga RFactor, mas GTL, lançou um mod do mesmo carro, mas com cinco pinturas de corrida! Bobo é ovo, que não para em pé! Tratei de baixar o mod e comecei a destrunchá-lo, e tô notando que o troço, apesar dos nomes de extensão diferentes, tem uma estrutura praticamente IGUAL à do RFactor! E o formato das "skins", as pinturas de corrida, era o mesmo (.DDS)! Foi juntar a fome com a vontade de comer! Piratiei os sons da versão GTL, que também usam o mesmo formato de som do RFactor (.WAV), abri os arquivos .AUD e .CAR com o bloco de notas, e copiei as informações necessárias para o arquivo .SFX e os arquivos .VEH duplicados e renomeados.

O resultado?

Sim, você leu certo. Tetsuo Shima, o do Akira. Havia dois nomes repetidos, então eu coloquei este e o do Keiichi Morisato, que é fã de corridas.

"Mamãe, eu quero ser GT" - Além do Toyota 2000 GT, o ajuntadão também reúne Opel GT (O antigo), Fiat/Dallara X1/9, Lotus Europa, Porsche 911, Porsche 914, Melkus RS 1000 (Um GTzinho da Alemanha Oriental com motor de Trabant, pensa na figura!), Renault Alpine A110, Mazda Cosmo, Nissan 240 e Alfa Romeo TZ2 (Que sempre frita o motor em provas mais longas, hehehe...). E quando sair a Puminha, com certeza vai fazer parte!

Antes, o meu ajuntadão também tinha carros de igual cilindrada mais modernos, como Lotus Exige, Renault Spider, Mazda Miata, Toyota MR2 e uns esportes-protótipo, mas fora os Miatas, os demais andavam muito forte, em especial os Renault Spider! Nem davam chance!

Esse padrão de cores saiu na versão Hot Wheels. Se corresponde à realidade? Talvez eu nunca saiba...



Na pista do ECPA de Piracicaba (Cortesia de Valmir Pilz do Catarinense 3D)

E temos mais um autódromo, desta vez, na Paraíba!

Foi inaugurado ano passado (Meu, tô que nem corno, sou sempre o último a saber!) mais um autódromo, desta vez, na Paraíba, na cidade de João Pessoa (Mais precisamente na BR 230, KM 61 [Por trás do Condomínio GreenVille] ),chamado provisoriamente de... Autódromo Internacional da Paraíba.

A inauguração se deu com a segunda etapa da Copa Nordeste de Marcas & Protótipos,contando com pilotos do Ceará, Pernambuco e Bahia. O circuito tem 3024 metros no seu traçado misto, mas em breve contará também (Ou já conta, não sei) com um semi-oval de alta velocidade, permitindo no total até três traçados diferentes (Pois a seção semi-oval tem mais uma parte de circuito misto).

A Copa Nordeste de Marcas & Protótipos junta dois protótipos (O CTM 2000 conhecido popularmente como "Stock Nordeste", e o Spirit, um protótipo de assento central feito a partir do antigo Fórmula V 1.8 cearense) e o Super Turismo, que é um carro silhouette de tração dianteira com o design levemente inspirado no Opel Tigra europeu de 2010. Como o Super Turismo parece mais um carro de Marcas, e o CTM está no meio caminho entre um silhouette e um protótipo, resolveram chamar a competição de "Marcas e Protótipos".

Estou no aguardo da conversão dessa pista para RFactor, juntamente com Velo Cittá, Enseada do Suá, Via Expressa Sul e Cidade Baixa.

Fiquem com uma foto aérea do circuito.