sábado, 26 de agosto de 2017

Circuitos de Rua Obscuros do Brasil - Circuito da Cavalhada

Este circuito não é nem um pouco "obscuro", muito pelo contrário, foi um dos circuitos de rua mais famoso da "Era Prè-Tarumã" no Rio Grande do Sul. Assim como o famoso Circuito da Gávea, no Rio de Janeiro, ele era comprido e tinha vários tipos de solo.

A seguir, informações do blog Carros e Corridas em Fatos e Fotos, que traz também fotos e detalhes da última prova no circuito, em 1968

Localizava-se entre os bairros de Cavalhada e Vila Nova da cidade de Porto Alegre. Foi utilizado pela primeira vez em 1958, numa prova pelo campeonato gaúcho. Seus 6,492 km de extensão tinham terra seca, brita, saibro e paralelepípedo. O sucesso da prova anual foi grande até 1963. Após quatro anos de interrupção a prova no circuito da Cavalhada-Vila Nova voltou em 1968 com a disputa das 12 Horas de Porto Alegre, nos dias 21 e 22 de dezembro. A largada era na Avenida Cavalhada, esquina com a Otto Niemeyer em direção  da Rua João Salomoni. Após a largada, contornava-se um “S” em alta velocidade até a    curva do Posto Ipiranga. Daí até a Igreja da Vila Nova (já na Salomoni), percorria-se  curvas suaves em descida constante. Próximo à igreja, um outro “S” muito veloz e em seguida    forte redução de marcha para contornar a esquerda (onde fica a igreja) a quase 90º. Sai-se    de lá com “pé no fundo” já na Avenida Vicente Monteggia em subida. Curva à direita e depois, quase um quilômetro em subida pela Monteggia para entrar numa descida, onde se alcançava a maior velocidade do circuito, durante uns 600 metros. Duas curvas  longas –  uma à esquerda e outra à direita- antecediam a famosa e perigosa Curva da Padaria – a mais fechada do circuito- com praticamente 90º também (mas, bem mais estreita que a curva da igreja) onde os carros saíam a menos de 60 km/h. Daí era só alegria na  descida  da  Cavalhada até o Posto Atlantic –diante de uma curva em meia-lua- feita a 100 km/h, para tomar a reta de quase 400 metros até a linha de chegada.
Em 1963 o veterano Breno Fornari, com seu Simca n°35, estabelecera o recorde da volta em 3’31”82 a uma média de 110,337 km/h.
Já em 1968, Pace não participou da última etapa do campeonato brasileiro de 1968. Na tradicional premiação anual da época - Prêmio Victor – o campeão brasileiro Luiz Pereira Bueno ganhou como o melhor piloto do ano. Outros destaques na premiação foram Pace -melhor piloto de protótipos de 1968, Emerson Fittipaldi - o melhor da F6rmula-Vê- e Alex Dias Ribeiro -"Piloto Revelação de 1968".


Segue foto do circuito via satélite, pra dar uma dimensão do tamanho da bagaça:





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