terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

MADOM - Outro carro que seria, mas não foi.

O mercado de carros especiais no Brasil parece ter um certo repúdio a projetos esportivos. Por melhores que sejam as ideias, por mais promissores que sejam seus desempenhos, ou por maiores que sejam os aportes por trás do projeto, sempre acontece alguma coisa que joga o carro no limbo.


Vários esportivos brasileiros promissores tiveram pouco interesse e sumiram depois de algumas unidades vendidas, enquanto que outros sequer saíram do protótipo. O Madom RT foi mais um deles, infelizmente.

Desenhado em Barcelona, com a ajuda de designers da Seat (Montadora espanhola pertencente ao grupo Volkswagen), o Madom tinha um desenho único, e suas portas se abrem de um jeito parecido com as dos Koenigsegg suecos.

Desenvolvido no Rio Grande do Sul, com ajuda de alunos da UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul), o protótipo apresentado tinha um motor seis em linha 3.0, mas poderia receber o motor de acordo com o que o cliente pedisse, cabendo até mesmo um V10. Seria um rival e tanto para o Vorax - Se ele também tivesse entrado em produção.

No caso do Madom, não houveram interessados em investir no projeto - Talvez, devido ao mico do Rossin-Bertin Vorax - mas sempre resta aquele fiozinho de esperança de que um dia o carro entre em produção. Apesar de o site não estar mais online.

Se nada acontecer, contudo, o Madom entrará na mesma categoria na qual entraram o Vorax, o Lobini, o Aurora, o Miura M-1, o GT Mariella, o DoniRosset, o Edra GT (Apesar de a Edra ainda poder fabricá-lo caso tenha saída), e na qual perigam de entrar o San Vito, o Short e o Novo Puma.

Depois, dizem que brasileiro gosta de carros esportivos... ¬¬

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A história do garagista que quis ter seu próprio Fórmula 1... E conseguiu!

Este ex-carro de Fórmula 1 Honda 2007, outrora pilotado por Rubens Barrichello, foi o assunto de um tópico sobre construção no fórum F1 Technical, por seu proprietário, o membro do fórum conhecido por "F1Snake". Eu nunca achei que escreveria novamente os termos "Carro de Fórmula 1" e "Feito em casa" na mesma frase, mas foi exatamente o que aconteceu aqui. Este RA107 em particular foi adquirido sem motor, coluna de direção e volante pelo corredor particular em um leilão local no Reino Unido por uma soma modesta de 37.000 Libras Esterlinas. A seguir nós teremos uma palhinha do seu esforço heróico para fazer o carro operacional, mais uma vez.


Pra mover o carro, F1Snake escolheu um motor da Hartley Enterprises, o H1 de 3 litros (Uma vez que a Honda se recusou a vender motor de Fórmula 1 para pessoas físicas).
O Hartley é composto de dois motores da moto Suzuki Hayabusa, unidos em bloco e virabrequim conjuntos, que entregam saudáveis 500 cv de potência.
O motor tem basicamente as mesmas dimensões e relação peso-potência que o carro tinha quando correu pela última vez em 2007, mas com custo (Muito) mais acessível.


Por sorte, o transeixo ainda estava no seu lugar no ato da compra mas desde que ele não se alinhava com o novo motor, o pacote inteiro teve que ser mandado para a Hewland Engineering Ltd. Lá, eles fizeram sua mágica para fazer todos funcionarem juntos em harmonia.



Algumas peças sobressalentes do Honda 2007 original foram adquiridas, e também uma luz de chuva de "segunda mão" de McLaren por uma fração do custo da peça nova.


Depois de comprar um volante de DTA, o novo proprietário do Honda F1 foi sortudo o bastante para conseguir um volante RB original 2007 apropriado, o qual é um de apenas oito que foram feitos.

Ainda que o carro não esteja ainda totalmente completo, esse tópico incrivelmente inspirador e constante é um dos quais se deve sempre estar de olho por atualizações até que finalmente o carro esteja usável para pista novamente. Estamos felizes de ver que este ex-Fórmula 1 foi salvo de um destino infeliz ao qual estava destinado, para exibição estática. Isso quase dá a nós, meros mortais, fé de que nós podemos fazer algo semelhante nós mesmos, um dia. Talvez...
Encontre o tópico aqui:
(Ambos em inglês)

Artigo traduzido do blog Car Build Index.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Um Bianco "Enfurecido"

Aconteceu numa etapa da Classic Cup. em Interlagos, nem sei quando. Vai ver, um cara que era fã de Fúria, mas não tinha como comprar um, resolveu pegar um Bianco S (Versão "amansada" que do Fúria só tem a cara) e enfiou-lhe um chassi e um motor V6 (provavelmente, de Alfa Romeo). Não ficou feio, mas na saída do S do Senna, uma roda se soltou e o carro virou um monte de sucata depois de um batidão. Se consertaram o carro, ou se ele foi direto pra retirada de peças, esse é um mistério que talvez nunca será resolvido.

As fotos, para a posteridade.




[POSSANTE VIRTUAL] Preparando o material para as traquinagens

Demorei até que eu achei este conversor online que converte os arquivos poligonais .ac e .acc do Speed Dreams, para um formato mais "mexível", no caso, o .3ds do 3D Studio Max. Mas pretendo usar muito pouco o Max, eu mexia muito no Blender e já perdi o jeito. Pretendo usar apenas o Zmodeler (O preferido dos que fazem conversões de GTA San Andreas para rFactor) e 3DSimEd, que exportam para o formato do rFactor (.gmt)

Arquivos convertidos, já começaram os problemas.A cabeça do piloto não aparece, nem os braços. E dá-lhe converter todos os arquivos .acc até achar o que preciso.
As rodas são muito grandes, e os braços estão juntos do volante, mas não grudados nele.

Pretendo substituir as rodas, vou procurar rodas de Can-Am. E ainda falta ver o cockpit.

[POSSANTE VIRTUAL] Traquinagens em curso.

Já falei que eu conheci um software chamado rFactor, de como ele é legal, permite mods muito loucos, piriri, pororó. Tá. Só que o rFactor não é o único simulador de corrida, e não possui todos os carros legais.
Então, o que eu faço?
A) Adquiro outros simuladores e jogo com os outros carros legais nos outros simuladores?
OU...
B) Arranjo um jeito de converter os outros carros legais pro rFactor?

Uma dica, para colocar dois carros legais um contra o outro, sendo eles de dois simuladores diferentes, um deles precisará "passar pelo WOLOLO", ou seja, ser convertido.

Já juntei alguns tutos de converter de outros sims para rFactor, mas eu tô começando com um método de tentativa e erro.
Do jogo Speed Dreams, há uma categoria de esporte-protótipos anos 70, na qual os times são de países, e resolvi, obviamente, começar pelo carrinho do time Brasil. Já que a bagaça é open source, por que não?
Não sei quanto tempo vou demorar pra conseguir essa façanha, ou mesmo SE vou conseguir. Mas, só saberei tentando.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

"Macchinas" brasileiras: Super Stilo (Ou Stilo Superturismo)

O Brasileiro tem talento, tem capacidade, tem criatividade e tem tudo o mais para criar belas máquinas de corrida e excelentes categorias de corrida. Só faltam duas coisas:
DINHEIRO e VERGONHA NA CARA DA CBA!

A Super Stilo seria uma categoria baseada na Super Clio: Silhouettes com motor central, com uma casca que imita um carro de linha. Mas, a grana foi curta, a CBA não se interessou, e o resultado é que somente um protótipo foi construído. Ao menos, ele tá sendo bem-aproveitado (As fotos são das provas "12 horas de Tarumã" de 2010 e 2013).

Uma curiosidade é que o assoalho do Super Stilo é de MADEIRA!
Seguem as fotos.






quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

E mais um tá indo pro saco.

Quando eu previ que o período entre os anos de 2014 e 2016 seria de anos negros para o automobilismo nacional, eu queria , QUERIA MESMO, estar errado.

Mas não. O Autódromo Raul Boesel, também conhecido como "Autódromo Internacional de Curitiba (Apesar de se localizar na vizinha São José dos Pinhais)", vai ser fechado e vai virar um condomínio de luxo.

UM CONDOMÍNIO DE LUXO !!!

Uma vez mais, a especulação imobiliária surge para tornar a vida do brasileiro um inferno. Não importa se é bairro de gente pobre, sítio arqueológico, patrimônio histórico, reserva indígena, autódromo, área de preservação ambiental, nada disso: Se os engomadinhos se interessaram, passa o trator em cima, ergue os "castelinhos", e cerca pra ninguém chegar perto. Isso é o capitalismo.

Ah, sim: Não temos mais Mil Milhas faz alguns anos, não temos mais GT (Creio que 2013 foi o último ano), uma pá de categorias virou pó, o Vorax miou, o Lobini miou (Mas, por incrível que pareça, o San Vito ainda tá sendo comercializado), o DoniRossett miou (Mas não tinha muita pretensão de produção seriada, mesmo...)

Em compensação, o autódromo de Curvelo, que eu tinha pensado que tinha miado, está na fase de acabamento, e terá prova da Stock Car em junho. Dou aqui minha mão à palmatória.

Vão organizar uma prova de despedida em março, para corredores de carros clássicos, de SP, PR e RS.

E, como tragédia pouca é bobagem, destino semelhante ronda o autódromo Ayrton Senna, em Caruaru, Pernambuco. Tal autódromo, que sobreviveu praticamente graças à Fórmula Truck, está ameaçado. Enquanto isso, fora Curvelo, nenhum projeto sério de novo autódromo, até mesmo se evita falar do suposto "novo autódromo do Rio de Janeiro", que seria numa área de treino pertencente ao Exército Brasileiro, inclusive, ainda apinhada de bombas ainda não detonadas.

Na boa, a CBA não leva o esporte a motor a sério. Quero ver o que ainda vai restar de automobilismo no Brasil, fora a Truck e as categorias da VICAR, após o apagar da pira olímpica.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Recordar é viver: O Volvo "ignorante" do Centroamericano de Automobilismo

0 a 100 em 2 segundos.
750 cv.
Não duvido nada se passasse dos 400 por hora.