sexta-feira, 12 de abril de 2013

Rachas, e a proposta do Autódromo

Hoje, ou melhor ontem, um rapaz de 19 anos, servente de pedreiro, foi pêgo pela polícia aqui de Penápolis, tirando racha com outros caras. Todos usando motos. A sorte dos policiais é que as motos eram todas de baixa cilindrada, mas mesmo assim, os outros escaparam. Se estivessem em motos esportivas de, no mínimo, 600 cilindradas, nenhum teria sido pêgo.

O cara não tinha habilitação, e negou até o fim que estivesse tirando racha ou fugindo da polícia.

Velocidade é um canto da sereia para muitos jovens. Adrenalina, máquinas velozes, garotas, o risco... Mas, rachas de rua são ilegais porque o espaço não é apropriado. Um carro que ande numa avenida no exato momento em que a moto esteja rasgando a rua é receita pronta para uma tragédia. Uma criança que chuta a bola pro meio da rua e vá atrás dela, também. Um cachorro ou gato atravessando a rua despreocupado, também.

Repressão não é eficiente. Se uma rua é vigiada fortemente, outras serão descobertas, outros palcos serão improvisados. Os pegas e os rachas continuarão, e as tragédias também. E as prisões e apreensões, também. A melhor solução é a obtenção de um espaço próprio e seguro para a prática dos "rachas" e "pegas", ou seja, de um Autódromo.

Anos atrás, eu sugeri, através de uma reportagem no Diário de Penápolis, a construção de um Autódromo. Hoje, o lugar proposto (Ao lado do Kartódromo) não seria mais possível, pois um condomínio fechado ocupou justamente o lugar que eu estava pensando. Mas, a proposta continua, e descobri através de pessoas persistentes que, a melhor forma de fazer surgir uma pista de corrida é construindo-a você mesmo.

Exemplos estão por toda parte: O falecido Geraldo Backer construiu um autódromo em sua propriedade, o único autódromo do estado do Espírito Santo. O primeiro autódromo do interior de São Paulo foi obra de Benedito Gianetti, em Piracicaba. Claro, houve o facilitante de ter um "Esporte Clube" de automobilismo que facilitou o empreendimento. Na maciota, também surgiram o Mega-Space (Santa Luzia - MG), que além de Autódromo é espaço pra shows e o que mais for preciso, e o Speed Park em Franca; circuitos curtos em quase sua totalidade, mas que não tiveram alardeamento da Imprensa e, quando se deram conta, já estavam recebendo suas últimas camadas de asfalto e demãos de tinta. Souza Ramos também ergueu seu Velo-Cittá em Mogi-Guaçu, mas esse não conta, pois contou com o aporte da Mitsubishi, tanto é que o circuito é grandinho e de nível internacional. Mas foi na maciota, também.

Por outro lado, alardeios de autódromos, à incrível exceção do Velopark, deram todos com os burros n'água: Taubaté, Cabreúva (SP Races), Lençóis Paulista (Velomax), Limeira (Fittipaldi), Belo Horizonte (Serra Verde), Betim (Fiat), Brusque, Penha (TVR), Chapecó (Asfaltamento da pista de terra), Canelinha, São Miguel do Taipu (PB), Deodoro (RJ - Ou alguém acredita que vai sair?), Maringá... A lista vai longe, e a bola da vez é o Autódromo Internacional de Curvelo (MG); qual é tua aposta?

Portanto, se quer um autódromo, é preciso pensar primeiro em onde vai ser esse autódromo. A logística deve ser fácil, e o terreno deve ser barato. Começar primeiro por um retão: O pessoal do racha agradece. Depois, montar um circuito em terra, ligado ao retão. Com certeza, haverá ajuda do pessoal do racha. E trará competições de velocidade em terra misturada com asfalto (Rallycross). Com o dinheiro que - Com certeza - se pode ganhar organizando rachas e disputas de terra, o passo final será asfaltar todo o circuito. O resto se consegue aos poucos e pode ser improvisado, como as torres de controle.

E principalmente, nada de alardear aos quatro ventos, para não gorarem o projeto.

No meu próximo post, verei se consigo apresentar o meu velho projeto do Autódromo que eu queria fazer em Penápolis.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Lá fora: Autocross na Espanha



A premissa do Autocross na Espanha é a mesma da Velocidade na Terra daqui do Brasil: Circuito de terra batida, sem lombadas, sem áreas de escape e às vezes, muita lama.

Mas os carros que eles usam... São de outro nível!

Vamos ver como é a "Velocidade na Terra" de lá, segundo os dados colhidos no fórum espanhol Foro Competición.

Divisões e veículos admitidos

Divisão 1

-Aceitam-se veículos que tiveram homologação FIA nos seguintes grupos: A, B, N, WRC e Kit Car, tanto de tração nas 2(Permitindo-se modificações para convertê-los para 4x4) como nas 4 rodas.
-Protótipos E1, chassis tubular, tração nas 2 ou 4 rodas, permitindo-se a colocação de 1 ou 2 motores (seja de carro ou de moto de produção) que não superem em conjunto a cilindrada de 4.000 cm3 (Para motores derivados a restrição é de 3.000 cm3)
-Prototipos E2, chassis tubular ou monocoque, tração traseira e com motor de moto que não supere a cilindrada de 1.500 cm3 ou de carro que não supere a cilindrada de 2.000 cm3.



Divisão 2

-Veículos de produção (Grupo N), com sua homologação em vigor . Devem ser aspirados e com tração nas duas rodas, com uma cilindrada máxima de 2.000 cm3. São permitidos veículos que já perderam sua homologação.



Divisão 2A

-Veículos de produção (Grupo N), com sua homologação em vigor . Devem ser aspirados e com tração nas duas rodas, com uma cilindrada máxima de 1.600 cm3. São permitidos veículos que já perderam sua homologação.



Divisão 3

-Veículos monopostos construidos e concebidos para a prática do Autocross, podendo instalar motor de carro e que cumpram o artigo 279 do Anexo J.



 Divisão 4 (Car-cross)

-Veículos monopostos de motor traseiro, construidos e concebidos para a prática do Autocross, com tração nas duas rodas, e movidos por motores aspirados, de quatro cilindros e quatro tempos, com uma cilindrada máxima de 600 cm3.



 Fórmula Júnior Car-cross

-Veículos monopostos de motor traseiro, construidos e concebidos para a prática do Autocross, com tração nas duas rodas, e movidos por motores aspirados, de quatro cilindros e quatro tempos, com uma cilindrada máxima de 450 cm3, homologados pela Real Federação Espanhola de Autocross.


Turismo Producción

-Veículos de serie limitada de tração nas duas rodas e com uma cilindrada máxima de 1.600cm3.
(Não entendi muito bem esse último, parece uma reprodução da Divisão 2A)

Quer aprender o regulamento a fundo, para ver o que pode ser aplicado para melhorar a Velocidade na Terra daqui? Simples:

Regulamento Esportivo (Em espanhol)

Regulamento Técnico (Em Espanhol)

sexta-feira, 29 de março de 2013

O que deu errado na Fórmula 3 "sul-americana"?

Não é novidade pra ninguém, a Fórmula 3 "sul-americana" (Coloco entre aspas porque, a bem da verdade, só corre no Brasil e só tem pilotos brasileiros de uns tempos pra cá) anda mal das pernas. E quando eu digo mal, eu digo MAL.
Corremos sério risco de ver a principal categoria de monopostos do Brasil ir pro vinagre de vez!
O que foi que deu errado?
Bom, eu posso aqui dar os meus dois centavos, na opinião de (possível) espectador, ou seja, na opinião de quem não é "do ramo", apenas um entusiasta que gosta de corridas e vê na F-3 um celeiro de futuros campeões da F-1 e da Indy.

Primeiro, a F-3 é CARA. CARÍSSIMA. Além de ser a mais forte dentre as F-3 de todo o mundo, também deve ser a mais cara dentre as F-3 de todo o mundo. E isso sem razão de ser.

Segundo, a F-3 "sul-americana" é "spec" (Um chassi, um motor pra todos). E não era assim na década de 90. E corridas "spec", a bem da verdade, não atraem público. Veja o "sucesso" da A1GP, da Fórmula Superliga e da Fórmula 2 (Aquela dos chassis Williams e motor Audi Turbo). Eram premissas boas? Talvez, mas o "fator Spec" matou as três categorias. A GP2 só se mantém por estar praticamente atrelada à Fórmula 1, e mesmo assim a versão Asia não suportou e teve que se fundir com a versão europeia da categoria. Categorias "Spec" só são boas para fórmulas-base e Gentlemen Drivers, o povo gosta de ver batalha de marcas. Por que acha que a Fórmula Truck faz sucesso?

Terceiro, a F-3 é brasileira, corre em pistas brasileiras, com pilotos e equipes brasileiros, mas o equipamento... Será que não existe UMA oficina no Brasil que saiba mexer com fibra de carbono para fazer chassis? Minelli, Moro, JL, Dimep, MC Tubarão, AC Cars, Techspeed, Próton, Aldee... Será que NENHUM deles seria capaz de mexer com fibra de carbono e fazer um chassi de Fórmula 3? E, mesmo que o chassi tenha que ser importado, tanta fábrica faz chassi de Fórmula 3, POR QUE RAIOS só pode ser Dallara?
(A Formula 3 alemã usa quatro marcas de chassi e muitas usam no mínimo duas)
E quanto ao motor? POR QUE RAIOS temos que mandar os motores serem preparados lá no Berta com tanto preparador de motor que temos aqui? Por que SÓ UMA opção de motor?

Quarto, QUAIS atrativos para pilotos, equipes e público tem a F-3 "sul-americana"? Não dá superlicença ao campeão (E olha que a nossa F-3 é a mais potente do mundo!), não possui espaço decente nas mídias, não atrai patrocinadores de peso, até o site oficial está defasado! Tanto é que o Chile possui a sua própria Fórmula 3, com fabricantes de chassi locais, sendo que os pilotos chilenos poderiam muito bem estar enchendo grid. E nós poderíamos estar com as máquinas rugindo em todo Mercosul e também no Chile.

O problema maior é que a Fórmula 3 "sul-americana" tem os custos de uma categoria top, mas não tem a "consideração", podemos dizer assim, de uma categoria top. Não é tratada como "um dos degraus mais próximos para a Fórmula 1, a Indy, ou o raio que o parta". É tratada como "Uma competição de filhinhos-de-papai que estão se preparando para disputar esse tipo de corrida na Europa".
Se a FIA desse direito à Superlicença ao vencedor da F-3 "sul-americana", por exemplo, como faz na F-3 europeia, britânica, espanhola e japonesa, com certeza, atrairia mais patrocinadores, chefes de equipe, pilotos e, principalmente, PÚBLICO! E seria, com certeza, SUL-AMERICANA, porque o que iria vir de piloto argentino, uruguaio, paraguaio, chileno... Viria piloto até do Panamá e de Trinidad & Tobago atrás de tentar uma superlicença sem precisar ir à Europa! Viria piloto até de Angola! E com certeza, teríamos aquela gostosa rivalidade "equipes brasileiras contra equipes argentinas".

Mas, para isso, a F-3 vai ter que mudar bastante, a começar pela CODASUR, que teria que cantar de novo no terreiro. Seguem minhas sugestões:
-Permitir novas opções de chassis além da Dallara;
-Preparação de motor a cargo das equipes, sem padronização. Motor pode ser de qualquer marca;
-Ao menos, uma corrida em cada país da América do Sul que possua um piloto e/ou uma equipe, e corridas-exibição nos países onde não houver, para despertar interesse;
-Uma fórmula de acesso, podendo ser "spec" ou aberta, para abrir a competição.
-Pneus devem ser feitos na América do Sul.
-Esquema de isenção de impostos semelhante ao praticado na Argentina, para atrair patrocinadores.
-Superlicença para o campeão da temporada, válida por 12 meses.

Ou algo é feito para mudar a situação da F-3 "sul-americana", ou tal categoria deixará de existir ou se desvirtuará e mudará de nome e regras, perdendo a filiação à FIA.

#prontofalei

quarta-feira, 27 de março de 2013

O som da "Formula 1 alternativa"

Big Open Single Seater Grand Prix, ou simplesmente, BOSS GP. Repetindo uma velha receita, mas com variantes.

A velha receita é usar carros de temporadas passadas (Alguns de temporadas já BEM passadas) da Formula 1 para fazer um campeonato próprio, receita já usada pelo Campeonato Britânico de Fórmula 1 e pela Fórmula 1 Sul-Africana, cujas matérias ainda estou devendo.

As diferenças são as seguintes:
1-Agora o campeonato é em nível continental, ou seja, corre em toda a Europa;
2-Há mais categorias Top além da F1 das quais pode-se pegar os carrinhos, ao contrário de uns 30 anos atrás. Se um F1 é muito caro pra você, pode-se testar um Indy, GP2, World Series, F-3000, AutoGP (Ex-A1GP), F-Nippon (Agora SuperGP), entre outras. Com isso, o ingresso na categoria ficou mais barato em relação às "Fórmulas 1 alternativas" de antes.

Já falei dessa categoria antres, já falei até mesmo do brazuca da BOSS GP, o Abba Kogan. Mas é sempre bom mostrar como é a bagaça, e para essa função, nada melhor que uns vídeos. Ah, se não reconhecer as pinturas, não faz mal, é que tem gente que repinta os fórmulas para ficar mais a seu gosto pessoal (Ou do patrocinador, pode muito bem acontecer...).

Então, aumenta o volume, porque aqui é só o "fino" das pistas.






Nota-se o clima garagista, mesmo com máquinas que podem custar de cem mil até um milhão e pouco de dólares.



Ufa, eu acho que ja chega, né? E aí, deu vontade de ver uma mistureba dessas aqui no Brasil? A pilotada tem que se organizar, porque se for depender dos cartolas, NUNCA que vai ter algo desse naipe rolando em Interlagos, por exemplo.
Carro pra vender, existe. Pro motor durar, pode cortar a potência pela metade, o povo quer barulho e carro correndo. É até mais seguro.
Pode-se comprar aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui também.
Quer saber mais sobre esta categoria? Aqui o site da BOSS GP.

terça-feira, 26 de março de 2013

Paguei um Pau: Réplicas de Formula-1 made in Brazil!

Lembra de quando eu mencionei o Bob Salisbury? Pois, deram de fazer o mesmo pra cá do Atlântico.

O nome da empresa é AC Cars, é de São Paulo, e anuncia suas criações no Mercado Livre. O site é bonitinho, mas se você quiser ver o dia-a-dia do trabalho lá, recomendo que visite o blog da empresa.

As fotos mostradas aqui são dos anúncios da empresa no Mercado Livre

O que acha de ter em casa uma réplica perfeita da McLaren do Ayrton Senna?
Por R$ 50 mil você leva uma e pode até pendurar no teto. Agora, se estiver afim de desembolsar R$ 120 mil, você leva ela equipada com um V6 de 400cv da Audi. Não chega a ser uma F1, mas é mais que uma F3.

Se quiser outro modelo, como, por exemplo, a Ferrari do Schumacher, pode também.

No teto ou na pista, vai da escolha do cliente. A empresa também fabrica réplicas de outros carros esporte, equipados com motores V6 ou V8, e testados em Interlagos antes de entregar ao cliente.


Te gustaria uma "Ferrari 430" (Atrás da F1)?


Ou uma "Lamborghini Diablo"?

Também faz réplicas de Mini Cooper, Cobra, Porsche, Esporte-Protótipo e projetos personalizados e exclusivos a gosto do cliente. E também constrói simuladores de Formula 1 top de linha!

Vou falar pra vocês, esse cara, Ademar Cabral, é fera! Paguei um pau de sequóia!
(Se eu tivesse grana, eu faria uma encomenda de Diablo, mas com V12 BMW)

Brasileiro é bom de fazer réplica, herança da indústria dos Fora-de-Série dos anos 70 e 80. Mas o Ademar Cabral foi além. Tá no nível das oficinas de primeiro mundo.

Quer comprar carros de corrida no Brasil?

Você tem uma opção com carros brasileiros de variadas categorias, o CLASSI RACING, onde você pode achar aquela máquina que você estava procurando tanto.

No dia que eu acessei, tinha um Aldee cupê (R$ 40 mil), um Aldee Spyder (R$ 39.900), uma Maserati Trofeo (R$ 99 mil), um Omega Stock Paulista (R$ 10.200), alguns fórmulas nacionais (R$ 40 mil pelo F-Chevrolet e pelo F-Ford Minelli, R$ 30 mil pelo F-Vê zero bala [R$ 12 mil se for kit] ) e até mesmo uns Fórmula 1 para opção de importação, começando pelo Footwork (Arrows)-Hart com equipamento de pit completo por R$ 250 mil e chegando no Benetton-Renault com traquitanas de box, starter e jogo de rodas por R$ 430 mil, não incluso frete e IPI. BOSS-GP/BR, alguém?

Também tem alguns turismo envenenados pra endurance (Gol, Peugeot, Ford Ka), e um Fuscão carenado estilo Divisão 3.

Interessou "nas pechincha"? Site da CLASSI RACING!

Renascimento das Fórmulas no Brasil... Parte 3!!!


E segue mais fórmulas, pensa que acabou? Eu pensei, mas ainda bem, eu tava enganado.
No RS, como de praxe... O que esperar de um estado que possui 4 autódromos (Com A maiúsculo!) de uso público?... Surge uma categoria direcionada aos iniciantes (Ou seja, a molecada a partir dos 15): A Fórmula Júnior!


Os carros são os mesmos das extintas Fórmula Universitária e Fórmula Brasil: Concebidos a pedido da CBA, usam motor Chevrolet e câmbio Hewland. Possuem ajustes de suspensão e asas que permitem o desenvolvimento de uma doutrina de ajustes e acertos de carro para determinadas condições.

E para quem quer sair do kart mais cedo, para onde vai?
Existe a Fórmula + (Lê-se "Fórmula mais"), que usa um chassi italiano com motor Yamaha 600cc, e foi lançada simultameamente aqui e na Itália.
Muitos dizem, em especial os gaúchos, que a Fórmula + se parece com a antiga Fórmula 5, popular na Argentina e que foi tentado implantar no Brasil, sem muito sucesso. A diferença principal está no motor, que nos F-5 usa os 200cc dois-tempos, inclusive os Agrale são populares por lá
A Fórmula + foi apresentada em 2011 e implantada em 2012, e a idade mínima é de 13 anos para o piloto.

O vídeo mostra os detalhes da maquininha, que na Itália é chamada "Formula Modena" por ser essa a cidade onde surgiu a baratinha.

No entanto, não consigo achar o site da Fórmula +. O site da Fórmula Júnior está aqui.

sábado, 16 de março de 2013

Renascimento das Fórmulas no Brasil... Parte 2!

Tomando o excelente exemplo do Rio Grande do Sul, o Paraná resolveu (Em 2012, tô MUITO atrasado! >.<) criar sua categoria de Fórmula. E, na falta de uma, criou duas, que correm no mesmo dia, mas possuem regulamentos diferentes: A Fórmula Premium e a Fórmula Premium Light

Vamos começar pela Premium Light, que é uma categoria "Spec": Ou seja, um chassi e um motor pra todos. A organização se encarrega de guardar os carros e os motores são sorteados, havendo assim o máximo de igualdade entre os pilotos, que assim podem se impôr no modo como usam o volante.


Não sei quanto a vocês, mas acho que eu já vi esse carro em algum lugar... O conceito de se usar eixo dianteiro de Fusca em monopostos "acessíveis" parece ser uma constante. No Ceará, os Fórnula V usam o mesmo conceito, e obviamente, em São Paulo, a Formula Vee Brasil também. Até suspeitei que esses monopostos, antigamente chamados "Fórmula Pinhais", tivessem vindo do Ceará, mas parece que foi só coincidência.

Bueno, agora sim... *esfrega as mãos* Vamos falar da Fórmula Premium!
Anos atrás, eu pregava o surgimento de uma "Fórmula Livre", com motor 2.0 e chassis à escolha da equipe. De como isso é mania na Europa (Onde tem pegas de F-1 contra F-Indy! O.o), nos EUA e em outros países onde o Esporte a Motor é tratado pelas federações como coisa séria.
Pois, a Fórmula Premium é a que chegou mais perto disso!
Vamos ver os carros:


Tatuus, ex-Fórmula Renault, ex-Super Fórmula 2.0;


Techspeed, ex-Fórmula Chevrolet, ex-Fórmula 4, também corre na F-Gaúcha;


63MKT, ex-Fórmula Universitária (Que nem sei se chegou a acontecer...), ex-Fórmula Brasil, corre também na Fórmula Junior Gaúcha;


Dallara, ex-Fórmula 3 (Yes, isso mesmo!);


Minelli, ex-Fórmula Ford, ex-Fórmula SP, também corre na F-Gaúcha;


E um Endec, que também corre na F-Premium Light.
E o regulamento é claro:

"Na Fórmula Premium pode-se correr com qualquer marca de chassis, com motor até 1.8 standard com apenas um rebaixo de 1mm no cabeçote para dar um pouco mais de taxa no motor, pneus Slick da marca Pirelli, mesma medida utilizada na F3, Rodas de alumínio e carenagens livres." (Fonte: Site da Fórmula Premium)
Detalhe, não menciona marca de motor, então você pode usar um motor Lada majorado se achar que fica bom (VIU, FLÁVIO GOMES? xD).

A categoria ainda é novinha, começou ano passado e tem menos de 10 pilotos em cada categoria. Prevejo gente vindo com Fórmula Future, mais F-3 usados, Mais F-Renault abandonados, mais F-Ford e F-Chevrolet, e por que não, um F-V 1.8 do Nordeste poderia marcar presença também.

Eu tinha uma cisma quanto a colocar no mesmo grid carros de fibra de carbono (Tatuus, Dallara...) contra carros com chassi tubular - As vezes de aço (Techspeed, Minelli...), mas parece que os competidores não têm muita neura quanto a isso.

Sucesso à galera do Paraná! E, se de repente, pensarem em correr em São Paulo, não se acanhem. Se não der em Interlagos, tem ECPA (Piracicaba), Speed Park (Franca), e os particulares Velo Cittá (Mogi), Dimep (Itatinga) e Capuava (Indaiatuba). É só falar com os responsáveis.

E Força no Chinelão Caipira!

Voltando da tumba...

Resolvi voltar com o Possante depois que vi as teias de aranha tomando conta do pedaço. Afinal, aconteceram tantas coisas de 2011 pra cá, que eu achei melhor dar uma de Mumm-Ra e sair do sarcófago.

Culpa minha, também, possuir trocentos blogs e tentar administrar um por um.

Bom, este post é só pra dar um "up" na situação. Em breve, novidades (Pelo menos eram pra mim).

Té mais.