domingo, 6 de setembro de 2009

Postagem de estréia

Eu criei este blog devido a uma falha - Grave - de um outro serviço de blog que eu estava usando, que me fez perder um bocado de tempo escrevendo e postando fotos, para depois de eu apertar o botão "postar & publicar", me dizer que minha sessão tinha expirado. VTNC!

Neste blog, eu vou escrever sobre categorias regionais, nacionais e internacionais. Vou mostrar fotos (via Wikimapia ou Goggle Earth) de autódromos, kartódromos e outros "ódromos" de interesse do pessoal. Muitos vão gostar de minhas informações, outros poderão até me criticar, por eu não ser "do ramo" (Nao sou piloto, preparador, nem dono de pista - Ainda), mas eu estou começando. Sou o típico entusiasta do automobilismo que pode nunca ter visto uma corrida de Fórmula 1 ao vivo (Por falta de grana, hehehe) mas que não tira os olhos de uma corrida, mesmo que seja de kart.

O Brasil é um país apaixonado por esporte a motor. Isso é fato. No entanto, ao contrário do futebol, que recebe investimentos cada vez mais altos, e revela pessoas de todas as camadas sociais, nunca um pé-de-chinelo foi revelado nas pistas. Por quê? Simples: Porque, no Brasil, o automobilismo é considerado "esporte de elite", de alto custo e baixo benefício. Mas então, por que a Argentina, que tem uma situação econômica pior que a do Brasil, tem tantos autódromos, tantas categorias, tantos incentivos fiscais aos patrocinadores do esporte a motor?

Sertá que devemos invejar os argentinos, como muitos de nós fazemos? Não. Pelo contrário. Devemos fazer melhor.

Aí vem o cara da pastelaria e pergunta "Mas como? Mesmo o aluguel de um kart indoor é a hora da morte! Como podemos fazer melhor que os argentinos?" Isso, ao contrário do que se pensa, não depende do governo, da CBA, da CBM nem das Federações estaduais. Depende de NÓS. Quem gosta de futebol pega um terreno baldio e faz um campinho (mesmo que tenha uma árvore no meio dele), pega uma bola, uns bambus pra fazer as traves, chama uns amigos e vai. Quem gosta de esporte a motor faz o quê?

Pega um terreno (Tá, precisa ser um pouco maior), uns carros velhos (Do ferro-velho, mesmo), faz uma nivelação, delimitando a pista, chama uns amigos e vai, também. A metodologia é bem diferente, mas a base é a mesma. A diferença é que é necessário um pouco mais de atenção na segurança, mas nada que envolva custos estratosféricos.

Veja os catarinenses, por exemplo. Eles não tem nenhum autódromo de asfalto - Ainda - mas, em compensação, possuem os melhores autódromos de terra do Brasil. E o campeonato deles é muito forte.

Também temos iniciativas particulares, de pessoas que visam não o lucro, mas apenas a diversão e a popularização do esporte. Essas pessoas construíram autódromos curtos (Chamados no jargão esportivo de "Club Tracks") em suas propriedades, e não são enjoados: Qualquer um pode entrar, sem precisar vender a casa pra correr. Dois desses abnegados são o Dito Gianetti, presidente da ECPA, em Piracicaba - SP, e o Geraldo Backer, o Bata, dono dos Postos BKR, em Serra - ES. Eles representam aquilo que Tony Bonfato, um membro do Fórum Autoracing, chamou de "Automobilismo Chinelão Caipira", ou seja, um automobilismo simples, autêntico, de projeção local, uma versão motorizada do futebol de várzea.

É de um esporte a motor assim que o Brasil precisa para, um dia, voltar a ser referência mundial em categorias top de linha. E não falo só de Fórmula 1.

O Brasil merece um esporte à altura de sua paixão.

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