segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Automobilismo na Argentina - Como Funciona

Esta postagem foi copiada de um Forum, e mostra detalhadamente como (E por que) funciona o automobilismo na Argentina. Besteira minha não ter copiado também o nome do sujeito e nem o site de onde este texto foi tirado, mas vale a informação.

"Srs.
Trabalho com competição, inclusive com produtos argentinos (somente pelo custo, não pela qualidade) e conheço um pouco do que acontece por lá.
Com o intuito de sugerir que parem de comparar o nosso automobilismo com o deles, comento:

1- É duro reconhecer, mas a Argentina tem um nível cultural da população um pouco superior ao do nosso país e a memória de seu povo é boa, que tiveram um penta campeão mundial de Fórmula 1 , no mínimo 25 / 30 anos antes que tivéssemos o nosso primeiro título.

2- Existe um incentivo fiscal aos patrocinadores, que facilita muito a obtenção de suporte financeiro a equipes e pilotos.

Em cada autódromo existe um posto fiscal, onde a cada corrida o piloto / equipe mostram a “nota fiscal” referente ao patrocínio e mediante uma chancela/carimbo deste posto fiscal, o patrocinador tem benefícios (isenção de impostos), ou seja, o patrocínio gera vantagens fiscais.

Sei de casos onde o patrocinador nem quer que seu nome esteja pintado no carro/uniformes/placas etc, basta a NF chancelada que está tudo bem! É aplicável a qualquer marca e / ou empresa. Não sei bem qual é o teto máximo de valores, mas é o suficiente para que grandes “investimentos” sejam feitos, que na verdade é o mesmo que acontece aqui com os criticados laboratórios de genéricos.


Resumiria dizendo que a lavanderia deles, no automobilismo, é maior, mais completa e atraente que a nossa.

Se o método para a sustentação/crescimento do automobilismo é válido, não julgo, apenas relatei como funciona.

E para finalizar, sobre autódromos, as últimas iniciativas (particulares) para construção de novos autódromos por aqui tiveram “emperramentos” iniciados pelo IBAMA até os órgãos de supervisão do esporte.

Oh inveja mesmo.

No canal Speed passou uma corrida lá, da “Top Race”. E o ronco dos motores então!!

Em 2005, a convite de um patrocinador que eu tinha, comum de um piloto de lá (Diego Aventin, corre sempre com algum Ford), estive em Buenos Aires (junto ao Jr da Puma 27 e do Almir Donato) para assistir uma etapa da Turismo Carretera (tradicional) . Não acreditei no público (60.000), no evento, helicópteros transmitindo, gente com bandeiras e rádio no ouvido acompanhando, etc, sem contar o ronco e o que tem embaixo das “carreteras”. Podem até ser feiosas, mas embaixo da bolha, cada “fabrica” deve ter seu próprio motor. Uma corrida eliminatória atrás da outra em intervalos não maiores de 10 minutos, categorias de acesso (TC Pista) e torneios monomarcas Ford Focus e Fiestas.

Imaginem a TC2000 e a TOP Race, então!!
A economia que gira em torno do automobilismo lá é espantosa."

E aí, chefes de Federaçãoes? Aprenderam ou ainda tá difícil?

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